MTG recorre ao TJ contra liminar que suspendeu resultado da eleição da entidade

MTG recorre ao TJ contra liminar que suspendeu resultado da eleição da entidade

Gilda Galeazzi e Elenir Winck ganharam mesmo número de votos e recurso de desempate provocou discórdia entre as chapas

Christian Bueller

Elenir, de amarelo, foi eleita por ter um conselheiro de idade mais avançada

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O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) protocolou no Tribunal de Justiça, na tarde desta quinta-feira, interposição de recurso contra a liminar que suspendeu o resultado da eleição à presidência da entidade, no sábado. A votação ocorreu em Lajeado, durante o 68º Congresso Tradicionalista e deu empate entre as candidatas Elenir Winck, da chapa “De coração pela tradição”, e Gilda Galeazzi, do “Fazer agora”. Mas a decisão foi parar na Justiça daquela cidade.

Ambas ganharam 530 votos. Elenir foi declarada vitoriosa por conta do critério de desempate previsto no artigo 127 da instituição, que determina que o grupo com o integrante mais antigo seja declarado vencedor. Gilda entrou com pedido de liminar na Justiça para suspender o efeito da eleição por ter idade mais avançada que a concorrente. Na terça-feira, o pedido de MTG de reconsideração na justiça de Lajeado foi indeferido e a decisão da juíza Carmen Luiza Rosa Constante Barghouti foi mantida na 2ª Vara Civil da Comarca de Lajeado.

O recurso do MTG no TJ foi protocolado por volta das 15h30min. “A tese da Sra. Gilda não se sustenta. É forçoso demais tentar acreditar que o artigo 127 do Estatuto do MTG individualiza o critério de desempate na figura do candidato à Presidente daquela chapa. Se fosse assim, qual seria o critério de desempate no ano de 2019, quando nenhum dos candidatos à presidência das chapas, constava relacionado nas nominativas concorrentes ao pleito, pois foram eleitos em 2018, portanto já faziam parte do Conselho Diretor?”, diz trecho do documento.

As candidatas defendem suas chapas em suas redes sociais. A equipe de Elenir diz que “seguimos firmes em nossos propósitos de preservar a dignidade de nossa instituição”, concluindo que “conhecemos, defendemos e confiamos nas leis que regem nosso amado MTG”. Já, a chapa de Gilda criou um abaixo-assinado virtual em sua defesa. “Temos recebido relatos de dezenas de patrões que se sentem enganados, pois viajaram dezenas, centenas de quilômetros para votar em uma candidata, e não em um conselheiro”, diz sua página.


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