Municipários de Porto Alegre protestam contra projeto que altera plano de carreira

Municipários de Porto Alegre protestam contra projeto que altera plano de carreira

Ligado ao Simpa, grupo está em greve por tempo indeterminado

Correio do Povo

Passeata começou por volta das 9h30min

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* Com informações do repórter Guilherme Kepler, da Rádio Guaíba

Centenas de servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizaram protesto na manhã desta terça-feira contra o Projeto de Lei Complementar (PLCE) 02/19 apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. na semana passada e que altera o plano de carreira da categoria. Em regime de urgência, a matéria está sendo discutida pela Câmara de Vereadores. O grupo, em greve por tempo indeterminado, se reuniu em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), no bairro Bom Fim, de onde partiu em caminhada por volta das 9h30min. O trajeto passou pelas avenidas Osvaldo Aranha, Sarmento Leite e Loureiro da Silva e seguiu até o local de discussão do projeto, onde os manifestantes chegaram por volta das 11h.

Eles seguiram o caminho acompanhados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC,) que monitorou a ação e realizou alterações no trânsito conforme o deslocamento. Nos locais, o fluxo de carros é intenso. Entre os primeiros reflexos da paralisação, a Secretaria da Saúde confirmou que há mais de 40 pessoas esperando por atendimento no Posto de saúde da Bom Jesus. Segundo o órgão, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas não registra impacto na rotina por conta da greve: são oito grevistas de um total de 700 profissionais.

Os municipários estão reunidos em frente à Câmara, onde dão continuidade à manifestação. Alguns conseguiram ingressar no Plenário Otávio Rocha e lotaram as galerias destinadas à população. Entretanto, a entrada dos demais servidores está restrita no portão principal. O objetivo deles é acompanhar a reunião e pressionar os vereadores para que haja mais tempo de discussão. Se aprovado pelas comissões, o projeto já pode ser votado.

Segundo a PLCE 02/19, todas as mudanças gerariam uma economia de R$ 16 milhões aos cofres públicos. Caso seja aprovado na íntegra, o texto implicará no corte de vantagens na prestação de serviços em regimes especiais de trabalho e na retirada do adicional por tempo de serviço para novos servidores e mudança nas regras para a incorporação dos valores recebidos por quem ocupa as Funções Gratificadas. O adicional por tempo de serviço, que hoje é de 25% - sendo 15% quando o servidor completa 15 anos de serviço e 10% quando completa 25 anos de trabalho - seria extinto. Dentro da proposta da prefeitura, os avanços, que hoje são de 5% a cada três anos trabalhados, passariam a ser de 3% a cada cinco anos de serviço. 


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