"Não podemos voltar à rotina normal', alerta adjunto da Saúde

"Não podemos voltar à rotina normal', alerta adjunto da Saúde

Natan Katz afirmou que é preciso manter estado de alerta na cidade

Felipe Samuel

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apresentou nesta quarta-feira, em reunião virtual com representantes de bancadas da Câmara de Vereadores, as principais medidas adotadas pela pasta durante a pandemia do novo coronavírus na Capital. 

Adjunto da SMS, Natan Katz afirmou que é preciso manter estado de alerta na cidade, com diminuição da mobilidade urbana e manutenção do isolamento social. Para Katz, que substituiu o secretário Pablo Stürmer, a abertura das atividades deve seguir 'uma lógica de colocar as pessoas' no menor nível de risco possível.

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Após detalhar as ações da Prefeitura para evitar a expansão da Covid-19, como a aquisição de mais de 10 mil testes rápidos e de equipamentos de proteção individual (EPIs), Katz reforçou a importância de a população seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas da saúde de seguir com isolamento social. 

"Não podemos voltar à rotina normal. As pessoas que mais demandam do sistema de saúde são as mais volúveis ao coronavírus", explicou. Em mais de duas horas e meia de perguntas e respostas, ele destacou os boletins diários divulgados pela Prefeitura, com dados atualizados, entre outras coisas, de casos suspeitos e confirmados.

O secretário alertou, no entanto, que a intensificação de testes rápidos não vai permitir a flexibilização das atividades na cidade, uma vez que no momento existe 'baixíssima prevalência'. Conforme Katz, os profissionais de saúde estão fazendo testes. Ao todo, 809 foram notificados com sintomas e 20 testaram positivo para a Covid-19. 

"Os testes vão permitir acompanhamento melhor da curva de crescimento de casos", explicou. Ao falar sobre o avanço da epidemia em Porto Alegre, Katz projetou aumento dos casos a partir de junho. "A abertura (das atividades) tem que ser extremamente segura, pois há grandes riscos de em 15 a 20 dias podermos ter que recuar", frisou.

Caos em Nova Iorque e Inglaterra

Ao reconhecer que a situação exige cuidado redobrado, Katz afirmou que as cidades que retardaram a aplicação de medidas de isolamento acabaram enfrentando sérios problemas no sistema de saúde.

"Nenhum local que tentou fazer algo menos controlado teve sucesso. Nova Iorque e a Inglaterra, que tem sistema de saúde exemplar, estão um caos. Não existe nenhum país que tenha adiado o lockdown (fechamento das atividades) que não se arrependeu logo adiante", avaliou. 

Ele afirmou que a prefeitura não vai determinar a obrigatoriedade do uso de máscaras em ônibus, embora incentive o uso pelos usuários. "Estimulamos, mas não têm evidencia científica do benefício do uso de máscaras", observou.


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