Nave espacial poderia sobreviver ao atalho do buraco negro, aponta estudo

Nave espacial poderia sobreviver ao atalho do buraco negro, aponta estudo

Hipótese desta viagem é considerado instável com o risco de um colapso

Correio do Povo

Nave espacial poderia sobreviver ao atalho do buraco negro

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Um estudo feito pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) de Portugal, mostrou que uma nave espacial poderia sobreviver a uma viagem no buraco negro e atravessar para um outro universo. A tese publicada no jornal Classical and Quantum Gravity reconsidera a teoria de Albert Einstein de que o fenômeno poderia destruir tudo ao seu alcance.

O buraco negro é uma teoria de passagem de tempo-espaço que poderia criar um "atalho", facilitando a passagem entre pontos diferentes do universo. O estudo foi feito com referência na tese de Albert Einstein sobre a teoria da relatividade publicado em 1935.

A hipótese desta viagem de nave espacial foi considerado instável com o risco de um colapso, entretanto, o cientista Diego Rubiera-Garcia e sua equipe disseram que o problema é muito "sutil". Eles examinaram vários objetos com uma agregação de pontos interligados por interações físicas ou químicas que podem se prender.

"Cada partícula do observador segue uma linha geodésica determinada pelo campo gravitacional. Cada geodésica sente uma força gravitacional ligeiramente diferente, mas as interações entre os constituintes do corpo poderiam, no entanto, manter o corpo", disse Rubiera-Garcia em entrevista ao site Phys.Org

O estudo constatou que o tempo que um raio de luz leva para fazer uma ida e volta entre duas geodésicas próximas é sempre finito e causal, apesar do infinito "espacial" ser causado por um alongamento pela força de maré ilimitado. Isto sugere que as divergências de curvatura podem não ser tão extremas como tradicionalmente se pensava, afirmou o estudo. "Nosso observador poderia ser engolido no buraco negro, atravessar a garganta do buraco, sair pelo outro lado , e viver para contar, independentemente da existência de forças de maré infinitas ", explicou Rubiera-Garcia.

No final do ano passado, a NASA anunciou planos para mais investigações de buracos negros, com vista a realização de missões interestelares robóticas no futuro.

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