Nova fotografia de áreas de risco começa a ganhar forma em Porto Alegre

Nova fotografia de áreas de risco começa a ganhar forma em Porto Alegre

Há três setores de alto risco mapeados no entorno da Vila Laranjeiras, no Morro Santana

Felipe Nabinger

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A atualização do mapeamento de áreas consideradas de risco em Porto Alegre teve início em uma ação conjunta nesta semana. Defesa Civil de Porto Alegre e Serviço Geológico do Brasil (CPRM) realizaram saídas a campo na segunda e terça-feira, visitando áreas do Morro Santana, Mário Quintana, Rubem Berta, Parque dos Maias, Nova Gleba e parte do Sarandi. “Foi um início de trabalho e não houve surpresa, nada que não observemos no dia a dia”, garantiu o coordenador da Defesa Civil da Capital, coronel Evaldo Rodrigues. 

O último levantamento consta de 2013 e aponta 119 áreas de risco, sendo dez delas consideradas de risco muito alto. Conforme dados do CPRM, 44.632 pessoas residiam dentro desta centena de locais. “Temos planos para cada situação, para cada bairro e para cada tipo de risco. Temos áreas que eram de risco e não são mais. Outras que são, mas estão no mapeamento de 2013. Vai mudar essa fotografia. Trabalhamos com a expectativa de aumento no número dessas áreas”, afirma o coronel.

Nas primeiras áreas visitadas para o novo documento, destaca-se a região da Vila Laranjeiras, no Morro Santana. Em seu entorno, há três setores de alto risco mapeados atualmente, com casas vulneráveis construídas rente a corte de encosta, com possibilidade de queda e suscetíveis a deslizamentos, além de casas construídas próximas aos taludes podendo ceder.

As análises em campo ocorrerão ao longo de todo ano, com o novo relatório devendo ser entregue em 2023. Depois disso, a Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária ficará responsável pelo mapeamento das famílias assentadas.

A Defesa Civil municipal pauta suas ações de emergência e faz planos de contingência de desastres com base neste relatório, garante o coordenador. “A cidade mudou nestes últimos dez anos e detectamos a necessidade de atualizar essas informações”.

Ele cita como um exemplo a região do Arquipélago de onde foram removidas famílias para construção da nova ponte do Guaíba, que deve deixar de constar no relatório como área de risco de alagamento. "Em contrapartida, zonas como o entorno do Morro da Cruz, onde houve novas ocupações, passarão a constar. Já visualizamos condições de risco que deverão fazer parte deste novo relatório”, afirma.


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