O que acontece com pessoas que tomaram Coronavac interditada?

O que acontece com pessoas que tomaram Coronavac interditada?

Apenas no estado de São Paulo, cerca de 4 milhões de doses de lotes sem autorização foram administradas

R7 e Correio do Povo

A aprovação pela agência ocorreu nessa sexta-feira

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, nesta quarta-feira, o recolhimento do equivalente a 21 milhões de doses da CoronaVac que não tinham autorização para serem distribuídas no Brasil, mas não emitiu até o momento uma orientação em relação às pessoas que chegaram a receber estas vacinas.

O estado de São Paulo aplicou cerca de 4 milhões de doses de lotes interditados, admitiu a própria gestão do governador João Doria, em 4 de setembro.

Na ocasião, o governo afirmou que estava monitorando todos pacientes e nenhuma reação adversa havia sido registrada. "De todo modo, toda a rede está orientada sobre a importância do monitoramento de todas as pessoas vacinadas, independentemente do imunizante administrado."

Na cidade do Rio de Janeiro, 1.206 indivíduos tomaram vacinas do lote não autorizado. A prefeitura descartou a possibilidade de revacinação, mas aguarda posicionamento do Ministério da Saúde sobre o caso. A pasta ainda não se pronunciou em relação a uma eventual revacinação de quem tomou estas doses.

O lote interditado foi distribuído a municípios do estado do Rio no fim de semana. Além da capital, as vacinas foram enviadas para cidades da região metropolitana, Centro-Sul, Serrana, Médio Paraíba e Baixada Litorânea.

A interdição da Anvisa se deu porque o Instituto Butantan importou vacinas de uma fábrica do laboratório chinês Sinovac que não havia recebido CBPF (Certificado de Boas Práticas de Fabricação).

A agência disse ainda que analisou a documentação referente "à análise de risco e à inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das não conformidades apontadas".

O Instituto Butantan divulgou nota para afirmar que já havia determinado, há uma semana, o recolhimento voluntário das doses interditadas e que já pegou de volta 1,8 milhão de vacinas entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).

"Dessa forma, não houve qualquer prejuízo para o calendário de vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde. O instituto reafirma que a vacina foi analisada pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan e não há qualquer indício de desvio de qualidade nos lotes da CoronaVac."

Ao todo, foram vetados 25 lotes da Coronavac — 12,1 milhões de doses e o IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para o envase de 9 milhões de doses.

RS distribuiu 2,9 mil doses de lote bloqueado de Coronavac

Um dos lotes do imunizante Coronavac chegou ao Rio Grande do Sul e foi distribuído a quatro Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 2.900 doses do lote L20210603 foram enviadas para a 2ª CRS (480 doses), 3ª CRS (1.850 doses), 7ª CRS (400 doses) e 11ª CRS (170 doses) no dia 28 de julho, data posterior ao recebimento da remessa no Aeroporto Salgado Filho.

A pasta afirmou que, conforme orientação do governo federal, os usuários que receberam a vacina foram acompanhados durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos. 

Lotes interditados

Lotes já distribuídos (12.113.934 doses):

IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.

SES/SP: J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202107044, J202106039, L202106048.

Lotes em tramitação de envio ao Brasil (9 milhões de doses):

IB: 202108116H, 202108117H, 202108125H, 202108126H, 202108127H, 202108128H, 202108129H, 202108168H, 202108169H, 202108170H, 2021081701K, 202108130H, 202108131H, 202108171K, 202108132H, 202108133H, 202108134H


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