Ocupação de UTIs por Covid-19 mantém queda em Porto Alegre

Ocupação de UTIs por Covid-19 mantém queda em Porto Alegre

Hospitais da capital gaúcha somam 294 internações nesta quinta-feira

Felipe Samuel

A ocupação por pacientes que testaram positivo para o vírus é o menor desde 23 de julho em Porto Alegre

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A ocupação de leitos de UTI por pacientes confirmados para o novo coronavírus voltou a apresentar queda nesta quinta-feira, com 294 internações em hospitais de Porto Alegre. Outros 32 são suspeitos de contrair a Covid-19, totalizando 326 casos relacionados com a doença. É o menor número de ocupação por pacientes que testaram positivo para o vírus desde 23 de julho, quando foram notificados 286 casos.
 
Ao todo, os hospitais registraram 717 pacientes em leitos de UTI, equivalente a taxa de ocupação geral de 86,8%. Apenas o Moinhos de Vento apresentava lotação total, enquanto Cardiologia, São Lucas e Mãe de Deus registravam taxa superior a 90%. Diretor de Ensino e Pesquisa da Santa Casa, Antonio Nocchi Kalil afirma que o cenário atual revela diminuição das internações por conta da Covid-19. "Nas unidades de internação temos menos de 50% de ocupação por casos relacionados ao novo coronavírus, além de número menor de atendimentos nos pronto-atendimentos. São sinais de que realmente parece estarmos numa queda", destaca.

Mesmo com a diminuição de internações nos últimos dias, Kalil alerta que cada vez mais tem pessoas circulando pela cidade, o que reforça a necessidade de manter os hábitos de higiene e de prevenção para evitar a propagação do vírus. "Usar máscaras, álcool em gel, lavar as mãos, evitar aglomeração, isso não mudou. As pessoas podem acabar imaginando que a coisa está encerrada porque está havendo diminuição dos números de internação", alerta.

Ele afirma que esse cenário ainda precisa se consolidar nos próximos dias. "Não podemos menosprezar o inimigo e achar que está tudo resolvido. Vamos ter que conviver com esse vírus pelos próximos 6 meses até que se tenha uma alternativa definitiva", destaca. Com a retomada gradual do atendimento a pacientes com outras enfermidades, Kalil reforça que começam a surgir dificuldades para outras áreas da saúde, como cirurgias, e para transferências de pacientes do interior para a Capital, uma vez que os leitos seguem lotados.

"Muita coisa ficou para trás em termos de acompanhamento de doenças e muitos diagnósticos retardados, que estão sendo feios agora, e que necessitam de atendimento mais especializado com internação hospitalar. Isso preocupa para os próximos meses", completa.


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