Ocupação de UTIs volta a bater recorde em Porto Alegre

Ocupação de UTIs volta a bater recorde em Porto Alegre

Hospitais Vila Nova, Cristo Redentor e Restinga apresentaram ocupação de 100% nesta segunda-feira

Felipe Samuel

Hospitais da Capital registraram alta no número de internações em leitos de UTI

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Mesmo com a prefeitura brecando novas flexibilizações no isolamento social há cerca de uma semana, os hospitais de Porto Alegre seguem registrarando alta no número de internações em leitos de UTI, uma tendência que ocorre há cerca de dez dias. 

Nesta segunda-feira, a taxa média de ocupação voltou a subir e atingiu 80,72% – no domingo estava em 77,78%.  Os hospitais Vila Nova – com três pacientes da UTI com suspeita de Covid-19 –, Cristo Redentor e Restinga apresentaram ocupação de 100%.

Entre os hospitais que tiveram aumento no percentual de ocupação de leitos de UTI, o Mãe de Deus atingiu 92,73% de ocupação dos leitos, alta de quase 10,91% em relação ao dia anterior. Lá, 51 dos 55 leitos de UTI disponíveis estavam ocupados até o fim da manhã desta segunda. 

Nossa Senhora da Conceição (84%) também apresentou elevação da taxa de ocupação na comparação com domingo, enquanto Moinhos de Vento (89,29%) e Divina Providência (81,25%) mantiveram a média de ocupação em relação ao dia anterior.

Somados, os casos confirmados de Covid-19 (79) e os suspeitos (37) totalizam 115 nesta segunda, enquanto na véspera estavam em 102 enfermos em tratamento intensivo na Capital. 

Os casos confirmados (79) e suspeitos (37) do novo coronavírus aumentaram para 115 até o final da tarde de hoje, aumento de 12,7% em relação a domingo, quando havia 102 enfermos. 

A pediatria do Complexo Hospitalar Santa Casa também apresentou alta, com taxa de ocupação de leitos de UTI atingindo 89,19%. A pediatria do Hospital Moinhos de Vento registrou nesta segunda 72.73% de ocupação nos leitos de UTI.

Reforço

Com início da operação do Hospital Independência, que vai oferecer 60 leitos e atendimento 100% SUS, a expectativa é reforçar o combate à Covid-19. Uma das preocupações da prefeitura é justamente a ocupação de leitos por pacientes oriundos de cidades da Região Metropolitana.

Conforme o prefeito, entre 50% e 60% da ocupação das UTIs e de leitos de alta complexidade é decorrente de demandas de outras cidades. “É oportuno que os prefeitos de Alvorada, Viamão, Guaíba e Novo Hamburgo reavaliem suas decisões”, afirma Marchezan.

Questionada sobre os números de ocupação dos leitos de UTI, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) destaca em nota que "informações sobre o assunto devem ser buscadas junto à Secretaria Municipal de Saúde".


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