ONS diz que não houve apagão e nem falha, mas desligamento preventivo

ONS diz que não houve apagão e nem falha, mas desligamento preventivo

Corte preventivo de carga foi feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções

Agência Brasil

Corte preventivo de carga foi feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções

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A interrupção fornecimento de energia ocorrida nesta segunda-feira em parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não foi um apagão e nem uma falha, disse nesta terça-feira o diretor-geral do Operador Nacional do sistema (ONS), Hermes Chipp. Técnicos do ONS, do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica, da Eletronuclear e de empresas do setor elétrico se reuniram na sede do operador para analisar as circunstâncias que levaram ao corte de parte do fornecimento.

"Não foi apagão, foi um corte preventivo de carga feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções", disse Chipp, depois de participar da reunião com todos os órgãos e também de uma segunda, apenas com técnicos do ONS.

Segundo o diretor, foi possível identificar nas reuniões a necessidade de ajustes no sistema que desliga as usinas em caso de alterações na frequência de energia elétrica. Participaram do encontro Eletronuclear, Cemig, Copel, Duke Energy, Tractebel Energia e representantes das usinas térmicas de Viana e Linhares. Chipp afirmou que parte dos reajustes que eram necessários já foi colocada em prática de segunda para segunda, mas outros casos vão requerer mais tempo, como a usina Angra 1.

Por ser uma usina nuclear, Angra 1 tem um sistema diferente de desligamento. "A Eletronuclear vai levar essa análise para o seu fabricante para ver se pode fazer esse ajuste. Para que, se repetir um evento dessa natureza, não se desligue".

O diretor do ONS disse acreditar que os ajustes detectados após o ocorrido vão prevenir desligamentos dessa natureza. Chipp explicou que o corte foi necessário para normalizar a frequência e não teria ocorrido se usinas geradoras de energia tivessem sido desligadas automaticamente por esse desvio, o que retirou 2,2 mil MW de capacidade do sistema. "Seria administrável se não fosse a perda de 2 mil megawatts de operação".

Chipp defendeu que o sistema elétrico brasileiro está preparado para atender ao nível de consumo atual e disse que as regiões Norte e Nordeste têm sobras de potência que são guardadas para garantir a segurança da operação em todo o país.


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