ONS e Aneel devem recorrer de decisão que afastou diretorias após apagão no Amapá

ONS e Aneel devem recorrer de decisão que afastou diretorias após apagão no Amapá

Justiça Federal determinou afastamento após uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues

AE

Em nota, o ONS afirmou que segue empenhado na normalização do fornecimento de energia no Amapá

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia (Aneel) devem recorrer da decisão da Justiça Federal que determinou o afastamento das suas respectivas diretorias nesta quinta-feira em função do apagão que atingiu o Amapá. Em nota, o ONS afirmou que ainda não foi intimado, mas que após a notificação tomará as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão. O ONS é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do País. 

O ONS também afirmou que segue empenhado na normalização do fornecimento de energia no Amapá, "sendo essa a sua prioridade desde a ocorrência em 3/11". "O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, integra novamente a comitiva do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que está em Macapá na tarde desta quinta-feira", disse.

A Aneel também informou que vai recorrer da decisão que afastou sua diretoria assim que for notificada oficialmente pela Justiça. "A Aneel ainda não foi formalmente notificada sobre a decisão da Justiça Federal que trata do afastamento temporário de sua diretoria. Contudo, a agência informa que, assim que for notificada, vai interpor o recurso cabível para reverter a decisão", informou o órgão regulador.

O órgão afirmou em nota que "respeita a decisão", mas ponderou que a medida gera "ruído" e prejudica os trabalhos em um momento em que todos os esforços deveriam estar concentrados no restabelecimento de energia no Amapá.

No início do mês, um incêndio em uma subestação de energia da capital Macapá deixou 13 dos 16 municípios do Estado no escuro. Nos últimos dias, o abastecimento ainda não havia sido regularizado 100% e vinha sendo feito pelo sistema de rodízio. Anteontem, o Amapá sofreu o segundo apagão em duas semanas. A Justiça de 1ª instância determinou o afastamento das diretorias no âmbito de uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 


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