Pátio Cultural colore as ruas da Cidade Baixa

Pátio Cultural colore as ruas da Cidade Baixa

Evento realizou uma consulta com os moradores da rua João Alfredo para futuras alterações

Franceli Stefani

João Alfredo ganhou cor, som e movimento na manhã deste sábado

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A rua João Alfredo ganhou cor, som e movimento em um horário diferente do que a comunidade está acostumada. No fim da manhã do sábado, a Prefeitura realizou uma consulta aos porto-alegrenses para saber o que eles entendem por uma rua completa. Foi o evento chamado Pátio Cultural, que tratou sobre a implantação do conceito de Ruas Completas na Cidade Baixa. A programação, que contou com crianças pintando a rótula recém feita pela Prefeitura, iniciou ao meio-dia, na João Alfredo, esquina com a Lopo Gonçalves.

De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fabio Berwanger Juliano, o intuito foi ouvir as pessoas que moram e frequentam o espaço. “Aqui é uma das principais ruas de Porto Alegre, muito famosa, atualmente mais falada por polêmicas do que pela importância que ela tem”, ponderou.

O projeto é promover uma alteração no espaço. “Ela hoje é árida, deserta durante o dia. Não temos árvores, o comércio que funciona é noturno e há poucos serviços. Nossa ideia é trazer o público para cá. Como fazer isso? Alargando as calçadas, já que hoje ela é estreita, diminuir as pistas de carros, o que vai diminuir a velocidade, entre outras ações”, expressou.

Espaço não é convidativo para paseios

Fabio afirmou que a opinião dos moradores é fundamental. “Queremos alterar o conceito dela do dia, para ver se vai alterar a noite. Hoje ela não é convidativa para o público passear”, frisou. O projeto, conforme ele, é iniciar as obras já no começo do próximo ano. Depois de analisar as propostas dadas pela população, será feito o termo de referência e a licitação. Quem vive na região aprovou a iniciativa.

“A João Alfredo é tradicional, mas infelizmente se tornou uma baderna e ela merece ser priorizada pela história e o seu significado. A bagunça que ocorre não é daqui, ela vem de fora”, opinou a tradutora Celmara Menegaz, 54 anos. Moradora há 30 da Cidade Baixa, ela relatou que é comum ver veículos transitando em alta velocidade. No quadro montado para apontar a visão das pessoas, ela ressaltou a importância de priorizar a bicicleta e os pedestres.

A ação foi uma iniciativa da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) e da EPTC. Durante as duas horas ocorreram diversas atividades, como escola de bike, aula de yoga gratuita, contação de histórias e a pintura da “Flor da Vida”, pelo artista plástico Lucas Anão, na rótula da rua João Alfredo com rua da República. Houve também cinco trabalhos, produzidos por alunos da Unisinos que integram o Projeto Universidades, no Museu Joaquim Felizardo.


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