Papai Noel distribui abraços e presentes no Hospital da Criança Santo Antônio
Ação contemplou pacientes internados e também os que estavam em tratamento nos ambulatórios
publicidade
Ela foi apenas uma das crianças internadas na casa de saúde que recebeu a visita do Bom Velhinho. Moradora de Imbé, no litoral Norte, a mãe Daniela Ferreira, 32 anos, elogia a ação. “É muito importante, é um momento de distração na luta contra o câncer. Ela está fazendo quimioterapia”, conta. Os momentos difíceis enfrentados pelas duas são confortados pelos amigos, familiares e profissionais da unidade. “Eu tenho outro filho, com 8 anos, que entende a doença da irmã e é muito carinhoso com ela. Isso nos sustenta.”
No colo da mãe, Pietro Coletto, um ano e nove meses, ficou curioso quando viu o homem com barba longa e vestes vermelhas se aproximar. Não demorou para largar um sorriso e jogar um beijo. “O Noel”, disse baixinho. Ganhou um carrinho de presente, já abriu e começou a brincar. “É o primeiro ano que ele entende. Gosta bastante e não ficou com medo”, fala Danusa Coletto, 39. De acordo com ela, o pequeno faz tratamento contra a leucemia. “Esse tipo de atividade traz alegria e torna o ambiente mais agradável, em um momento complicado, afinal aqui se torna a nossa segunda casa”, frisa. Sem conseguir segurar as lágrimas, lembra que em janeiro a vida de Pietro terá outra cor e receberá outro significado. “Ele fará o transplante de medula.”
Com os cabelos coloridos, sentada na cama, Ana Luiza Lermen, 9 anos, faz tratamento no Hospital da Criança Santo Antônio há seis anos. Moradora de Guaraju do Sul, em Santa Catarina, foi submetida a um transplante de rim. Desde o dia 2 de agosto precisou voltar devido ao surgimento de um linfoma no abdômen. “Ela fica tímida com muita gente perto dela, mas fica muito feliz com a visita do Papai Noel”, revela a mãe, Neide Brandenburg, 37.
“Precisam deste momento especial”
De acordo com a professora de educação física do setor de recreação da unidade, Bianca Gorostidi Bonow, 184 leitos receberam a visita durante a tarde. “São crianças internadas, que precisam desse momento especial porque passam dias aqui dentro. Ele chegou de trenó e foi recepcionado por muitos que estavam de saída ou para consultas e exames”, diz.
Lara Luísa Cardoso da Rocha, 4 anos, foi uma das que estava ansiosa pela chegada de Noel. “Cadê, está chegando? Venham ver, ele chegará logo”, convidava a pequena pelo saguão de entrada da casa de saúde. Quando ele enfim chegou, a bordo de um trenó, foi a primeira a abraçá-lo. Ao receber o presente, faceira, logo abriu. “É de boneca, muito lindo, nossa eu achei muito legal”, exclama.
Bianca lembra que todos os pacientes internados receberão uma foto lembrança. “Foi uma parceria feita com a Procuradoria-Regional da União da 4ª Região. Nós não podemos perder a magia desta data tão especial. O lugar é tão difícil para as crianças e também para os familiares, é a hora que existe uma descontração e a alegria toma conta. Ver o sorriso deles, não tem preço.” Em média, entre ambulatórios e unidades de internação, o hospital atende 490 pacientes por dia, principalmente em áreas de alta complexidade, como transplantes, oncologia, neurologia, neurocirurgia e cardiopatias congênitas.