“Paramos naquele dia. A vida perdeu a cor”, diz mãe de vítima da tragédia de Santa Maria

“Paramos naquele dia. A vida perdeu a cor”, diz mãe de vítima da tragédia de Santa Maria

Aurea Flores perdeu o filho Luiz Eduardo, que na época tinha 24 anos

André Malinoski

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“Paramos naquele dia. A vida perdeu a cor.” A frase da mãe Aurea Flores, que perdeu o filho Luiz Eduardo, de 24 anos, no incêndio da Boate Kiss, resume com precisão e tristeza o que os familiares das vítimas passam todos os dias no julgamento dos acusados pelo incêndio na casa noturna, acontecido há quase nove anos, em Santa Maria.

Ela compartilhou nesta quinta-feira o que espera do julgamento que ocorre no Foro Central de Porto Alegre. “Cada um dos réus vai dizer algo para ser absolvido. Agora eu e meu marido entregamos tudo para os jurados”, comentou. 

O filho, que era chamado por Dudu por ela, trabalhava no Fórum de Três Passos na época da tragédia. “Fizemos nossa responsabilidade de chacoalhar a sociedade. Ninguém neste País pode dizer que não sabia o que acontecia”, diz. “Hoje é um ciclo que se encerra. É algo importantíssimo, e vamos respeitar a decisão dos jurados”, concluiu a mãe. O marido Paulo Flores acompanha o julgamento de outro lugar. O casal tem ainda o filho Bruno.

 


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