Patrão de CTG que sediará uniões civis gays reforça segurança pessoal

Patrão de CTG que sediará uniões civis gays reforça segurança pessoal

Gilbert Gisler revelou ter recebido ameaças em seu gabinete, em Livramento

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Com dois casais de mulheres, o casamento coletivo confirmado para setembro no CTG Sentinelas do Planalto, de Santana do Livramento, já rendeu ameaças ao patrão local. Gilbert Gisler comentou que não sai mais sozinho de casa e que reforçou a segurança no Centro de Tradições. Para ele, o preconceito só não é ainda maior porque os casais não são do sexo masculino. “Creio que as pessoas aceitam mais a homossexualidade feminina”, disse.

O casamento coletivo está marcado para o dia 13 do mês que vem. Ao todo 30 casais participarão, sendo que 14 deles casarão pilchados. As quatro mulheres homossexuais não manifestaram interesse em usar a roupa de prenda. A identidade dos casais não foi revelada.

Antes mesmo do cadastro, a possibilidade de o local receber um casamento gay para a celebração da união dividiu opiniões. Gisler, que é vereador, comentou que na Câmara do município a assessoria dele recebeu uma ligação o ameaçando em caso de manter a presença dos casais gays no casamento coletivo. O interlocutor falou em “dar um pau” no patrão do Centro de Tradições, “dar um jeito nessa juíza” (em referência à magistrada Carine Labres, que concordou com o local do evento) e, se necessário, colocar fogo no CTG.

Além do alarme e a contratação de uma empresa de segurança, ronda noturna passou a ser realizada no Centro de Tradições, que há cinco anos está inadimplente com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Por esse motivo, a direção da representação estadual sustenta que a unidade de Livramento não se trata de um CTG. Gisler disse não ter recebido nenhum ofício comunicando o desligamento durante esse período.

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