Pelo segundo dia consecutivo, ocupação de leitos privados de UTI supera 80%

Pelo segundo dia consecutivo, ocupação de leitos privados de UTI supera 80%

O número de leitos livres é o menor em seis meses: 1.131 unidades

Felipe Samuel

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A explosão de casos confirmados para o coronavírus associado a internações por outras doenças vem aumentando dia após dia a pressão sob o sistema de saúde. Dos 3.078 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 1.947 estavam ocupados até o início da noite de ontem - equivalente a 63,3% de taxa de lotação. Do total, 473 tinham diagnóstico para Covid-19. O número de leitos livres era o menor em seis meses: 1.131 unidades. Por conta do avanço das hospitalizações, a rede privada operava pelo segundo dia seguido com mais de 80% de ocupação.

Do total de pacientes em estado grave, 634 estavam em leitos privados, o que correspondia a lotação de 83,4%. Na véspera, a lotação chegou a 80,3%. Com o triplo da capacidade da rede privada, com 2.318 unidades disponíveis, os leitos SUS tinham 1.313 pacientes, ou seja, operava com 56,6% da capacidade. Em mais um dia de número recorde de contágio pela Covid-19, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou ontem mais 25.923 novos casos da doença, elevando o total de janeiro para 283.778 - maior número registrado em um mês desde o início da pandemia.

Com mais 32 óbitos confirmados em decorrência da doença, o Estado contabiliza 36.822 mortes. Com 362 vítimas registradas desde o início do ano, janeiro também já supera o número de óbitos confirmados em dezembro, quando 249 pessoas perderam a batalha para a Covid-19. Na Capital, um dia após registrar o maior número de internações por conta da doença, a ocupação de leitos de UTI apresentava estabilidade. Dos 651 pacientes em estado grave, 133 apresentavam diagnóstico para o novo coronavírus, dois a menos do que na véspera.

Dos 17 hospitais monitorados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), quatro operavam com capacidade máxima ou acima da lotação: Ernesto Dornelles (127,5%), Nossa Senhora da Conceição (109,43%), Moinhos de Vento (100%) e Restinga (100%). Sete instituições apresentavam lotação superior a 85%. Os hospitais Cristo Redentor, Santa Ana e Beneficência Portuguesa não tinham atualizado os dados sobre internações.


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