Permissionários de lotação de Porto Alegre se mobilizam contra aumento da tarifa

Permissionários de lotação de Porto Alegre se mobilizam contra aumento da tarifa

Receio é que um reajuste resulte na queda do número de passageiros

Cláudio Isaías

ATL quer evitar o reajuste com temor de queda do número de passageiros

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A Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação de Porto Alegre (ATL), que representa os permissionários do serviço na cidade, está mobilizada para que a tarifa do transporte seletivo não seja reajustada. Os permissionários dos lotações têm o receio de que um aumento na tarifa resulte em queda no número de passageiros.

Hoje, as 31 linhas que operam na cidade transportam cerca de 50 mil pessoas por dia. De acordo com a legislação vigente desde 2003 em Porto Alegre, a tarifa das lotações tem de ser entre 1,4 e 1,5 vezes maior do que o preço da passagem de ônibus na Capital. Como foi aprovado o valor de R$ 4,70 para os ônibus, o preço do transporte seletivo poderia passar de R$ 6,00 para R$ 6,58, no mínimo (R$ 6,60, em valor já arredondado).

O gerente-executivo da ATL, Rogério Lago, informou que os permissionários não querem o aumento da tarifa dos lotações neste momento e querem alterar o índice, que consta no artigo 3º da Lei 9229: a tarifa da lotação será ajustada simultaneamente à tarifa do ônibus, no percentual de 1,4% a 1,5%.

“Já está com Executivo municipal o nosso pedido de que o índice mínimo seja de 1,2% a 1,5%. Se o índice não for alterado, a tarifa do lotação chegaria a R$ 6,70”, destacou.

Segundo Lago, com a manutenção da tarifa em R$ 6,00 a existe a possibilidade de aumentar o número de passageiros ou, pelo menos, manter os que já utilizam o transporte seletivo. A ATL opera com 391 veículos distribuídos em 31 linhas e 16 ramais, além de 38 veículos na categoria especial nas linhas Restinga e Belém Novo, totalizando uma frota de 429 veículos atendendo 95% dos bairros de Porto Alegre.

Os micro-ônibus transportam 21 passageiros sentados e 25 nas linhas especiais e são equipados com ar-condicionado e bancos reclináveis. Já o Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) também não pretende solicitar neste momento um aumento da tarifa dos táxis à EPTC.

O diretor administrativo, Adão Ferreira de Campos, disse que a categoria formada por aproximadamente sete mil profissionais deve pedir um reajuste dos valores somente em junho deste ano para ressarcir as perdas da categoria.

"Não podemos neste momento fazer com que os clientes deixem de utilizar o serviço de táxi em razão do aumento do preço da corrida", destacou.


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