Pesquisa estima mais de 53 mil casos e aponta crescimento da Covid-19 no RS
Levantamento coordenado pela UFPEL aponta um caso real de pessoa infectada pelo coronavírus para cada 214 habitantes no Estado
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A Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) divulgou, nesta quarta-feira, os resultados da quinta etapa da pesquisa sobre a prevalência do coronavírus no território gaúcho. Segundo os dados, estima-se que 53.094 pessoas (de 32.891 a 81.059, pela margem de erro) têm ou já tiveram o vírus no Estado, o que corresponde a um caso real de pessoa infectada pela Covid-19 para cada 214 habitantes. É a primeira etapa da segunda fase do estudo no território gaúcho.
Os dados foram apresentados pelo governador Eduardo Leite e o médico epodemiologista e professor UFPel Fernando Barros. Para a análise, foram feitos 4,5 mil testes rápidos entre os dias 26 e 28 de junho, em nove cidades gaúchas, onde foram descobertos 21 novos casos positivos.
Entre os positivos, quatro foram em Caxias do Sul. Passo Fundo, Ijuí, Uruguaiana e Santa Cruz do Sul tiverem três testes positivos, em cada cidade; Porto Alegre e Canoas, dois testes positivos cada, e Pelotas, um teste positivo.
Em comparação com os resultados da quarta etapa, realizada em maio, onde foram estimados 20,2 mil casos, a quinta fase da pesquisa mostrou o crescimento progressivo no número de pessoas com anticorpos no Estado.
"A prevalência da infecção aumentou no Estado. A nossa recomendação, para ser aliada à política de distanciamento social, é que se amplie a testagem (PCR) e se faça uma busca ativa de isolamento para controlar a infecção", disse professor doutor Fernando Barros, que representou Universidade Federal de Pelotas na divulgação dos dados.
De acordo com os dados, para cada 1 milhão de habitantes no Estado, estima-se que existem 4.667 infectados reais e 2.219 notificados. Para cada caso notificado, existem ao redor de 2 não notificados.
O estudo apresentou os sintomas mais frequentes da Covid-19. Entre os sintomas relatados pelas pessoas que contraíram o vírus, tosse (45%), dor de garganta (35%), e alteração do olfato e paladar (30%) foram os mais comuns, seguidos de dificuldade para respirar (25%), febre (20%) e diarreia (10%).
Em relação ao isolamento social, o estudo mostrou que cerca de um terço da população sai de casa diariamente, com acréscimo de 1,2 ponto percentual em relação à fase anterior da pesquisa. Já o percentual de pessoas que nunca saem de casa diminuiu 1,8 ponto percentual em relação à fase anterior, variando de 14,5 para 12,7%. O cronograma da pesquisa prevê mais três etapas: a sexta deve acontecer de 25 a 27 de julho; a sétima, de 22 a 24 de agosto, e a oitava, de 26 a 28 de setembro.