Petrópolis volta a ter chuva acima da média e registro de alagamentos

Petrópolis volta a ter chuva acima da média e registro de alagamentos

Corpo de Bombeiros do Estado foi acionado para cinco ocorrências, entre elas salvamento de pessoas ilhadas e uma ameaça de deslizamento

AE

No mês passado, alagamentos causaram mais de 200 mortes

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Pouco mais de um mês depois da tempestade que deixou pelo menos 233 mortos em Petrópolis, voltou a chover forte na região na tarde deste domingo. Vídeos feitos pela população mostram várias áreas inundadas no centro da cidade, entre elas as ruas da Imperatriz do Imperador e Teresa. O maior registro pluviométrico foi de 207.8 mm em 4 horas e o total esperado para o mês de março era de 240 milímetros - em 15 de fevereiro, o registro foi de 259 mm em seis horas.

A Defesa Civil acionou o segundo toque das sirenes, cujo objetivo é mobilizar a população que vive em áreas de risco. A recomendação é que essas pessoas se desloquem para locais seguros. Existem, em toda a cidade, 19 pontos de apoio já estruturados.

O prefeito, Rubens Bomtempo, criou um quartel-general para o gerenciamento da crise na sede da Defesa Civil. Não havia registro de mortos ou feridos até 20 horas. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros do Estado foi acionado para cinco ocorrências, entre elas salvamento de pessoas ilhadas e uma ameaça de deslizamento, na rua 24 de maio - sem vítimas.

"Isso que se chama gestão urbana não existe em São Paulo, Rio e, certamente, Petrópolis", afirma o professor Adacto Ottoni, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UERJ. "Trabalhamos sempre em cima das tragédias e botamos a culpa no aquecimento global; e as obras de engenharia necessárias simplesmente não são feitas. Existe solução, mas falta vontade política."

Segundo o especialista, a cidade precisa de obras urgentes de contenção de encostas e drenagem de rios, além do reflorestamento das encostas. "Precisamos preparar as cidades para os períodos chuvosos."


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