PF indicia reitor da Ulbra por provas sem correção

PF indicia reitor da Ulbra por provas sem correção

Três servidores e um ex-funcionário também podem responder por falsidade ideológica

Samantha Klein / Rádio Guaíba

publicidade

O reitor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Marcos Zimmer, três servidores e um ex-funcionário da instituição foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por falsidade ideológica, no inquérito instaurado para apurar irregularidades na modalidade de ensino à distância. A coordenadora dos cursos EAD, Anastácia Scheer, o ex-pró-Reitor de Extensão, Ricardo Macedo, a funcionária administrativa Sandra Marise Machado, e o ex-diretor-geral de Ensino, Airton Pozo de Matos, podem se tornar réus em um possível processo judicial, caso sejam denunciados pelo Ministério Público Federal.

No ano passado, um ex-funcionário da Ulbra denunciou um esquema de atribuição de notas sem a devida correção a cerca de 100 mil provas de alunos matriculados nos cursos à distância. Ricardo Macedo e Airton Pozo foram acusados de, supostamente, liberar o funcionamento da prática. Pozo negou, nesta quarta-feira, as acusações e disse estar procurando um advogado para elaborar a defesa.

Em julho do ano passado, a PF recolheu provas não corrigidas e abriu o processo de investigação. A universidade montou um mutirão envolvendo professores e funcionários de vários departamentos para corrigir os testes. Ainda assim, a Ulbra foi orientada a reformular o sistema de ensino à distância e segue proibida de realizar vestibular para o ingresso de novos estudantes. Entre os 279 polos em todo o País, 198 foram fechados. A assessoria jurídica da universidade informou que não vai se pronunciar sobre o indiciamento antes de ser formalmente notificada.

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895