Piquetes e CTGs pedem cancelamento do Acampamento Farroupilha 2020

Piquetes e CTGs pedem cancelamento do Acampamento Farroupilha 2020

Uma das justificativas é que muitos tradicionalistas pertencem ao grupo de risco para contaminação por Covid-19

Correio do Povo

Entidades querem evitar aglomerações para não contribuir com o contágio ao Covid-19

publicidade

Piquetes e CTGs enviaram nesta segunda-feira um manifesto à presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Gilda Galeazzi, ao presidente da Comissão dos Festejos Farroupilhas, Cesar Oliveira, ao prefeito Nelson Marchezan Júnior, ao secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse, ao secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer, e ao governador Eduardo Leite para pedir o cancelamento do Acampamento Farroupilha 2020. 

Uma das justificativas é que muitos dos tradicionalistas que acampam no Parque Harmonia pertencem aos grupos de risco para contaminação por Covid-19. A intenção, segundo eles, é dar prioridade à saúde e à vida, dos próprios acampados, e dos mais de um milhão de frequentadores que costumam visitar o Acampamento Farroupilha. 

Por se tratar de uma medida de "força maior", salientam no documento que as entidades "não contribuíram de qualquer forma com as causas que motivam o pedido de não realização do evento, motivo pelo qual não devem ser penalizados caso o pedido venha a ser atendido, devendo ser mantidos a quantidade de acampados e, ainda, as respectivas localizações de seus lotes de acordo com a distribuição dos mesmos para a edição de 2019".

O manifesto, assinado por 45 piquetes e CTGs, ainda ressalta que a decisão é fruto de exaustivas discussões e que prevaleceu o bom senso, considerando a declaração pública de pandemia em relação ao novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional da OMS, as quais permanecem vigentes.

Avaliam que, agindo desta forma, não contribuem para a transmissão comunitária de Covid-19, além de evitar aglomerações. 

As entidades defendem, ainda, que devido ao alto índice de transmissibilidade do novo coronavírus e o agravamento significativo do risco de contágio em locais com aglomeração de pessoas, haveria dificuldade para a garantia da observação efetiva dos procedimentos mínimos de higiene e de distanciamento entre pessoas nos galpões e demais áreas de circulação.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895