Piratini pagará parcela do aluguel social a moradores da ERS 118 nesta quarta
Comunidade realizou três protestos em cinco dias em razão de atrasos nos repasses
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Entretanto, o pagamento não será efetuado a todas as famílias, conforme o diretor de Habitação da pasta, Eduardo Fiorin. “Algumas famílias não emitiram o comprovante de pagamento em tempo hábil. Ou seja, sabemos que muitas delas não conseguiram bancar o aluguel do próprio bolso e estas, infelizmente, serão mais prejudicadas. No entanto, o Estado não pode emitir valores se não há a devida comprovação”, justificou.
Os moradores da região recebem R$ 500 por mês como aluguel social em virtude da realocação realizada pelo governo do Estado para dar espaço às obras de duplicação. Em agosto, a mesma comunidade realizou protestos da mesma ordem e pelo mesmo motivo. Ao todo, 850 famílias precisaram ser retiradas em função das obras.
Moradores alegam até três meses de atraso
Maria Maiquele, 23 anos, uma das lideranças na comunidade, diz que o povo não aguenta mais essa situação. “Tem pessoas que já foram despejadas, outras serão porque não estão pagando aluguel. Já vamos para o terceiro mês de atraso e o governo não está nem aí para nós”, reclamou ela. “A partir de agora a ERS-118 vai ficar 24 horas fechada. Vamos acampar aqui até um deles regularizar nossa situação.”
Com seis filhos pequenos, a dona de casa Marinês Santos, 37 anos, não sabe mais a quem recorrer. “Estou desempregada e não recebo pensão de nenhum dos meus ex-maridos. Estou passando trabalho com as crianças. Minha vontade é de montar minha casinha aqui na rodovia. Por que foram nos tirar daqui.”