Porto Alegre enfrenta falta de doses da vacina pentavalente

Porto Alegre enfrenta falta de doses da vacina pentavalente

Secretaria da Saúde evita dar um número de unidades de saúde que possuem vacinas

Cláudio Isaías

Estoques deverão começar a ser normalizados somente em meados de novembro

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Em decorrência do atraso no envio de doses pelo Ministério da Saúde, os postos de saúde de Porto Alegre estão com poucas doses da vacina Pentavalente. Em algumas unidades de saúde, os estoques já terminaram e em outras a vacina está no final devido a procura pela população. 

No Centro de Saúde, na rua Jerônimo de Ornelas, no bairro Santana, um dos locais mais procurados da cidade para a realização da imunização, foi colocado um cartaz no setor de vacinas com a seguinte mensagem: "A vacina Pentavalente está em falta" e a "vacina DPT (tríplice bacteriana) permanece desabastecida do estoque. Sem previsão de retorno". No local, é possível se vacinar contra a febre amarela, sarampo e gripe porque existem doses disponíveis. 

Na unidade de saúde Nonoai, na rua Erechim, na zona Sul da cidade, existem poucas doses da Pentavalente. Com relação ao restante (sarampo, gripe e febre amarela), não há falta de vacinas. No posto de saúde Beco do Adelar, na avenida Juca Batista, no bairro Campo Novo, está em falta a Pentavalente. O restante das imunizações estão com sobra de doses.    

O motivo do desabastecimento em Porto Alegre e no restante do país decorre do fato de que uma remessa da vacina Pentavalente, adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e de análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica os laboratórios. O Ministério da Saúde informou  que se reuniu com representantes de laboratórios públicos nacionais com objetivo de traçar estratégias para a produção nacional da Pentavalente. Atualmente, o Brasil não produz a vacina e compra de laboratórios internacionais. O objetivo é buscar uma medida sustentável para garantir o abastecimento da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) e manter a população protegida contra doenças.  

Reposição dos estoques

De um total de 800 mil doses previstas para regularizar a distribuição no país, o ministério informou que já teria enviado metade, ou seja, 400 mil, no início de outubro. A expectativa é que a partir de novembro, o Ministério da Saúde consiga regularizar a distribuição aos estados. A Pasta afirma ter solicitado a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina Pentavalente no mundo. A compra de 6,6 milhões de doses começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil. 

A previsão é que o abastecimento voltará à normalidade a partir de novembro. Quando os estoques forem normalizados, as equipes do SUS farão uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de vida entre os meses de agosto e novembro para realizar a imunização. 

Conforme a secretaria, a promessa do Ministério da Saúde é que a entrega das doses da vacina aos municípios ocorra até o mês de novembro. A SMS recebeu relatos de diversas unidades de saúde da Capital que estão com poucas doses da vacina e outras que estão terminando os estoques. 

Outra situação que acontece em Porto Alegre é referente a vinda de pessoas de cidades da Região Metropolitana como Esteio, Viamão e Gravataí que estão em busca da imunização da Pentavalente.


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