Porto Alegre reforça importância da vacinação infantil contra a Covid-19

Porto Alegre reforça importância da vacinação infantil contra a Covid-19

Capital vem sofrendo com a disseminação de fake news que prejudica a proteção do público infantil

Correio do Povo

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Não bastasse as mortes e mudanças causadas pela pandemia de coronavírus, Porto Alegre ainda tem que lidar com uma série de notícias e informações falsas – as chamadas fake news – sobre a vacinação contra Covid-19, principalmente em crianças. Pensando em combater esse tipo de situação, a prefeitura de Porto Alegre ressalta a importância da imunização do público infantil para combater o vírus.

“Depois do recorde de mortes em março de 2021, os números caíram. A média nos últimos seis meses de 2021 foi de 106 óbitos por mês, enquanto apenas março registrou 1.437 mortes e abril, 701 - à medida que a cobertura vacinal no município avançou, atingindo, em dezembro de 2021, mais de 70% da população total de Porto Alegre”, afirma a  diretora adjunta da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernanda Fernandes.

A imunização do público – de 5 a 11 anos – com a Pfizer foi aprovada em dezembro, após avaliação da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e consulta a especialistas de entidades, como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunologia. Porto Alegre ainda aguarda orientações sobre a utilização da CoronaVac, recém aprovada pela Anvisa, que poderá ser utilizada em crianças acima de 6 anos. 

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o início da pandemia, 234 crianças de 5 a 11 anos residentes de Porto Alegre foram internadas com quadro de síndrome respiratória aguda grave. Destas, 23 tiveram exame positivo para a Covid-19 e uma evoluiu a óbito. De acordo com o parecer público da Anvisa, a vacina apresentou eficácia de 90,7% depois de duas doses e não houve eventos adversos graves durante o estudo.

Orientações para os pais

A Diretoria de Vigilância em Saúde orienta que os pais e responsáveis busquem atendimento médico na ocorrência de eventos adversos, ainda que leves, que devem ser notificados no sistema de informação oficial do Ministério da Saúde. 

A avaliação da segurança dos imunobiológicos utilizados para a vacinação é contínua e há procedimentos que são essenciais para determinar se os eventos adversos são decorrentes da vacinação ou se são coincidentes – trabalho que só pode ser realizado por profissionais de saúde capacitados mediante avaliação minuciosa de cada caso.

Cuidado redobrado com as fake news

A partir do início da imunização no país, dois casos de possíveis eventos adversos relacionados à vacinação, que foram amplamente divulgados como fake news - de Lençóis Paulista (SP) e João Pessoa (PB) - já foram descartados pelas autoridades competentes. Até o momento, o Brasil não conta com casos de eventos adversos graves em crianças nesta faixa etária (5 a 11 anos) com relação confirmada à vacina.

Outra notícia falsa disseminada é sobre o desenvolvimento da vacina ter ocorrido muito rápido, pulando etapas, dando a entender que as crianças seriam cobaias da vacina. A tecnologia e alguns ensaios clínicos das vacinas aprovadas contra a Covid-19 foram desenvolvidos e aprimorados com a emergência dos vírus SARS e MERS, outros coronavírus que também causaram epidemias nos últimos 20 anos.

Agora, os laboratórios adaptaram suas metodologias para o novo coronavírus. Além disso, um dos pontos mais importantes foi o investimento governamental de países como os Estados Unidos, Reino Unido e a China, o que permitiu o desenvolvimento de uma vacina segura em tempo recorde.


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