Porto Alegre testa drones de descontaminação para cenário de alto potencial de transmissão

Porto Alegre testa drones de descontaminação para cenário de alto potencial de transmissão

Líquido utilizado para desinfetar foi criado por equipe de pesquisa do Instituto de Química da Ufrgs

Correio do Povo

Prefeitura testou drones de descontaminação de grandes áreas públicas ou de difícil acesso nesta sexta-feira

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A prefeitura de Porto Alegre testou na manhã desta sexta-feira drones preparados para a descontaminação de grandes áreas públicas ou de difícil acesso, como arredores de hospitais, ruas, parques e espaços públicos diversos. A intenção do Executivo municipal é estar preparado caso haja a necessidade de desinfetar locais com um cenário avançado de contaminação, em que ambientes adquirem alto potencial de transmissão do coronavírus, como ocorreu na China. O voo-piloto foi planejado com base no protocolo sanitário utilizado no país asiático, que já foi o epicentro da pandemia.

“A inovação é uma aliada de alto nível na resolução dos desafios da cidade, porque nos oferece resposta rápida a necessidades urgentes”, afirmou o prefeito Nelson Marchezan Júnior.

O teste durou aproximadamente 60 minutos e foi feito no Parque Harmonia com drone do modelo Pelicano 2020, operado pela empresa SkyDrones. O equipamento subiu carregado de 10 litros de produto desinfetante, especialmente desenvolvido pela equipe coordenada pela professora pesquisadora do Instituto de Química da UFRGS, Nadya Pesce da Silveira.

“Precisávamos de um desinfetante de ação rápida e que não emitisse resíduos tóxicos no ar. Então chegamos ao produto que testamos neste voo, com ação estimada de um minuto, alto poder de desinfecção e dispersão segura para o ser humano, animais e meio ambiente”, detalhou Nadya.

Segundo a pesquisadora, o líquido é similar aos desinfetantes domésticos, como a água sanitária, porém, com específica concentração de alguns agentes químicos, garantindo baixo impacto ambiental. Cada voo do drone, com cerca de 15 minutos, cobre uma área estimada em 1 hectare.

"Os drones podem vir a ser utilizados no momento em que os técnicos da Secretaria de Saúde nos deem o comando e em que seja preciso atuar com mais rigor na limpeza de superfícies irregulares da área urbana e em espaços abertos como praças, por exemplo", revelou o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário.

Entre as vantagens de utilização do equipamento, estão o custo modesto e o baixo risco ao operador, que pilota o drone a distância. A iniciativa foi realizada em conjunto pela prefeitura da Capital, pela Ufrgs, pelo Pacto Alegre e por uma rede de entidades e empresas unidas pela inovação na cidade.


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