Possibilidade de reabertura gradual do comércio em maio anima entidades

Possibilidade de reabertura gradual do comércio em maio anima entidades

Dia das Mães é segunda data mais importante do ano para o varejo

Felipe Samuel

Fecomércio informa que as restrições serão proporcionais ao grau de segurança de cada setor

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Entidades que representam o comércio comemoram nesta quinta-feira a possibilidade de uma abertura gradual de lojas e estabelecimentos comerciais na Capital e na Região Metropolitana a partir do cumprimento de uma série de exigências estabelecidas pelo governo gaúcho. O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) informa que as entidades mantém tratativas com governo e prefeituras para efetuar a reabertura de alguns setores mediante cumprimento de protocolos de higiene.

Presidente do Sindilojas, Paulo Kruse explica que a entidade já encaminhou uma série de informações sobre o comércio da Capital e de Alvorada e ressalta que o Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo. Segundo o dirigente, o setor está preparado para adotar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e voltar a funcionar gradualmente. "A abertura não será da mesma forma, estamos conscientes disso. Ele (prefeito Nelson Marchezan Júnior) está sensível e aborrecido com o que está acontecendo, mas está recebendo dados da gente a toda hora para que possa tomar a melhor decisão", observa.

Além de reconhecer que o momento exige cuidado redobrado da população e do comércio, Kruse garante que os lojistas está conscientes da necessidade de reforçar as ações preventivas junto a funcionários e ao público para evitar a disseminação do novo coronavírus. "A nossa expectativa é de que parte do comércio possa abrir até Dia das Mães. Há tratativas nesse sentido, mas não há certeza de que isso venha a ocorrer", adverte. "A empresa não é um CNPJ, ela é feita de pessoas, e as pessoas também não querem ser infectadas e nem infectar alguém. Ter que levar isso em consideração", completa.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre aprovou a sinalização de reabertura gradual do comércio. Para o presidente da CDL, Irio Piva, a manifestação da prefeitura e do governo traz um alento ao setor justo no mês em que se comemora o Dia das Mães. Ele avalia que o período de enfrentamento à pandemia no Rio Grande do Sul serviu para conscientizar parte da população sobre a necessidade de adotar medidas preventivas, como uso de máscaras. Piva afirma ainda que os números de leitos disponíveis na Região Metropolitana 'estão bons', uma vez que existem poucos leitos ocupados por pacientes diagnosticados com Covid-19.

Piva afirma que o prefeito está sensível à demanda do setor. "Ele vai liberar nos próximos dias, mas vai ser uma volta lenta à normalidade, gradual, do jeito mais responsável. Que não seja tudo de uma vez", observa. O dirigente frisa que a categoria entregou documento com compromissos assumidos pelos lojistas. "A orientação para atendimento é para que os funcionários trabalhem de máscara e o estabelecimento mantenha à disposição álcool gel na entrada", destaca. Se for necessário, as lojas poderão disponibilizar máscaras aos consumidores. "Todos somos responsáveis pela saúde das pessoas", ressalta.

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) avalia que os novos protocolos e decretos de distanciamento controlado atende os pedidos da entidade e estanca o colapso econômico. A presidente Simone Leite garante que a entidade sempre defendeu a necessidade de observar as condições de cada comunidade ou região para permitir a atividade econômica. "O que sempre criticamos foram as decisões de isolamento horizontal, colocando os negócios e a economia de todo Estado à míngua", afirma. Conforme a presidente, os gestores públicos devem ter o 'bom senso em buscar o equilíbrio' nas medidas que conciliam saúde e economia.

A Fecomércio informa que as restrições serão proporcionais ao grau de segurança de cada setor e à relevância econômica de cada atividade. O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, reforça que entre as solicitações ao governo estão a liberação dos provadores de roupas nas lojas das regiões que têm uma classificação de risco mais branda e a inclusão de mais atividades essenciais. A entidade garante que seguirá informando empresários a fornecerem equipamentos de proteção e reforçarem medidas de higiene para evitar o contágio, com base no protocolo de segurança disponibilizado às autoridades.


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