Prédio de 130 metros na área do Beira-Rio deve gerar polêmica na Câmara Municipal

Prédio de 130 metros na área do Beira-Rio deve gerar polêmica na Câmara Municipal

Plano Diretor de Porto Alegre prevê construções de até 52 metros

Correio do Povo

Área prevista é ocupada atualmente por estacionamento

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A construção de dois prédios dentro da área do estádio Beira-Rio promete acirrar as discussões sobre o tema no segundo semestre. Em fase final de aprovação, o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) do empreendimento imobiliário – que prevê a construção de pelo menos um prédio de 130 metros – deve ser concluído nos próximos dias. Para que as obras saiam do papel, no entanto, será preciso a flexibilização da altura máxima da edificação. Conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), a medida é necessária uma vez que o Plano Diretor de Porto Alegre determina prédios de até 52 metros.

O PLCE 004/19, protocolado pela prefeitura na Câmara de Vereadores, pede autorização para realização de um empreendimento imobiliário em uma área de 2,5 hectares, no terreno que hoje serve de estacionamento entre as ruas Fernando Lúcio Costa, avenida Padre Cacique, rua Carlos Medina e avenida Edvaldo Pereira Paiva. Pela proposta, “fica expressamente autorizada a realização de um empreendimento imobiliário, cujas unidades poderão ser alienadas a terceiros, observadas as exigências do regime urbanístico estabelecido pelo Poder Público”.

Segundo a SMDE, do ponto de vista técnico, o projeto está praticamente aprovado e poderá ser levado adiante, caso seja liberado pelo Legislativo. A Secretaria garante que o estudo prevê contrapartidas para atenuar os impactos urbanísticos das obras, como a construção de ciclovia, passarela, praça de uso recreativo e um píer.

Líder da oposição, Roberto Robaina (PSol) critica a possibilidade de construção dos prédios e promete intensificar a discussão sobre o tema na Câmara de Vereadores. Robaina destaca o exemplo de Florianópolis, onde os prédios elevados na beira-mar ficam mais distantes das águas e preservam a vista do local. “Não faz sentido a cidade não debater como a orla vai ser aproveitada. Nesse caso específico existe uma lei que prevê a utilização do espaço para esporte, educação, e não para colocar dois prédios de 130 metros.”


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