Prefeitura abre envelope da segunda colocada na PPP da iluminação pública

Prefeitura abre envelope da segunda colocada na PPP da iluminação pública

Documentos serão analisados, apesar de decisão do TJ desautorizando prefeitura a assinar contrato

Eduardo Amaral

PPP da iluminação pública de Porto Alegre virou assunto de Justiça

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O envelope com os documentos da empresa que ficou em segundo lugar na concorrência da parceria público-privada (PPP) da Iluminação Pública de Porto Alegre foi aberto nesta quarta-feira. Agora a Superintendência de Licitações e Contratos (SLC) analisará os documentos, porém a assinatura do contrato não é garantida. Isso porque uma ação judicial movida pela empresa que ficou em primeiro lugar impede que o acordo seja firmado até que a Justiça decida.

A empresa que ficou em segundo lugar e terá a documentação avaliada é a POA Luz, que perdeu o processo licitatório para o Consórcio I.P. Sul. Em agosto o Governo Municipal realizou o leilão da iluminação pública da cidade, realizado na Bolsa da Valores de São Paulo com a presença do prefeito Nelson Marchezan Júnior, vencido pela I.P, entretanto em meados de novembro a Prefeitura desclassificou os vencedores alegando falhas na documentação.

O grupo POA Luz apresentou um lance de R$ 1,79 milhão, este é o valor máximo a ser pago mensalmente pela Prefeitura depois que a empresa fizer a renovação de todo parque de iluminação da cidade, durante 20 anos, prazo previsto pelo contrato. O I.P Sul havia proposto R$1,74 milhão. O secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, diz não temer que o processo se torne um longo imbróglio jurídico. “Não posso prever a ação de outro poder, porém temos confiança no trabalho que foi feito pois os documentos foram longamente analisados.”

A abertura do novo pacote ocorreu poucas horas após o Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) negar o pedido da prefeitura para que autorizasse a assinatura do contrato. A decisão da desembargadora Laura Louzada Jaccottet, da 2⁰ Câmara Cível do Tribunal, manteve a decisão anterior que permite ao governo seguir o protocolo com a segunda concorrente desde que o contrato não seja assinado. Ribeiro afirma que a Prefeitura irá recorrer caso a decisão seja em favor do Consórcio I.P Sul. “Não podemos permitir que uma empresa que não cumpriu as regras assuma o serviço”, afirmou. 

De acordo com o secretário, o problema verificado é que a empresa não apresentou as garantias de investimento definidas no edital. 


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