Prefeitura anuncia ampliação da rede de atenção primária à saúde de Porto Alegre

Prefeitura anuncia ampliação da rede de atenção primária à saúde de Porto Alegre

Santa Casa, Associação Hospitalar Vila Nova e Sociedade Divina Providência irão operar 103 unidades

Gabriel Guedes

As três entidades receberão cerca de R$ 16,5 milhões

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A rede de atenção primária à saúde de Porto Alegre será ampliada e passará a ter uma gestão diferenciada, de forma a qualificar serviços e infraestrutura. Segundo anúncio feito pela Prefeitura da Capital na manhã desta quinta-feira foram contratualizados pelo Município junto à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Associação Hospitalar Vila Nova e Sociedade Divina Providência a operação plena de 103 unidades de Atenção Primária.

As três entidades receberão cerca de R$ 16,5 milhões para emprego com recursos humanos, manutenção e reforma das estruturas, material permanente e outros itens, como segurança, limpeza e energia. Cada uma das contratadas ficará responsável por unidades em diferentes regiões da cidade e o contrato poderá ser prorrogado por mais 12 meses. A solução encontrada visa a preencher a lacuna deixada pelo antigo Instituto de Estratégia de Saúde da Família (Imesf), que depois de extinto, teve recentemente cessadas todas as ações judiciais que contestavam a medida.

Segundo dados apresentados pelo secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, com a extinção do Imesf, foi necessário encerrar todos os vínculos contratuais com os trabalhadores e desta forma, das 158 equipes de Saúde da Família, 32 ficaram incompletas, afetando cerca de 112 mil porto-alegrenses. Também haviam 48 unidades de saúde administradas de forma mista pela Prefeitura e Imesf e outras 77 exclusivas do Imesf.

“Foi a melhor alternativa, de certa forma substituindo o Imesf com este modelo. Caso a gestão municipal, opte por não continuar com este modelo no futuro, certamente a redução do serviço será bastante significativa”, pondera.

Com as novas contratualizações, a Associação Vila Nova ficará responsável por 25 unidades da região sul, centro sul, Restinga e extremo sul da Capital. Já as 35 unidades da área do Glória, Cruzeiro, Cristal, Partenon e Lomba do Pinheiro ficarão a cargo da Divina Providência. A Santa Casa terá a maior participação nesta partilha e administrará 43 unidades da região noroeste, Humaitá, Navegantes e ilhas, Centro, leste, nordeste e norte, no eixo da Baltazar.

A manutenção dos contratos está atrelada ao cumprimento de metas estabelecidas. Se espera um aumento de 54% no número de consultas médicas, bem como nenhuma das equipes sem médico. Também está previsto um aumento de 115% na quantidade de consultas odontológicas.

Hoje o município tem ainda 229 equipes de Saúde da Família completas - compostas por agente de saúde, enfermeiro, médico e técnico de enfermagem - e a meta pós-contrato é que se tenha 309, elevando a cobertura de 801.500 moradores para 1.183.000.

O funcionamento estendido das unidades também vai ser ampliado. Hoje são apenas 6 que operam 12 horas por dias e a meta é que 45 estejam funcionando neste esquema. Além disso, a manutenção da estrutura física terá à disposição R$ 1.054.575,79 mensais, ante a existência de apenas uma equipe de mão de obra que demandava os materiais conforme a necessidade do serviço. “É uma ampliação muito significativa à população", conclui o secretário.

•• Operacionalização:

• Irmandade Santa Casa de Misericórdia

- 43 Unidades de Saúde das regiões Noroeste/Humaitá/Navegantes e Ilhas e Região Centro e Região Leste/Nordeste e Norte/Eixo/Baltazar

- 96 Equipes de Saúde da Família

• Sociedade Sulina Divina Providência

- 35 Unidades de Saúde das regiões Glória/Cruzeiro/Cristal e Região Partenon/Lomba do Pinheiro

- 81 Equipes de Saúde da Família

• Associação Hospitalar Vila Nova

- 25 Unidades de Saúde das regiões

- 63 Equipes de Saúde da Família

Total: 103 Unidades de Saúde e 240 Equipes de Saúde da Família


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