Prefeitura e associação firmam contrato para restaurantes populares
Iniciativa substitui o antigo Restaurante Popular ao atender gratuitamente apenas pessoas em situação de vulnerabilidade social
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Foi firmado na tarde desta sexta-feira o contrato que vai viabilizar os dois primeiros restaurantes Prato Alegre, que atenderão pessoas em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre. Em ato no Salão Nobre da prefeitura, o prefeito Nelson Marchezan Júnior e a secretária de Desenvolvimento Social e Esporte, comandante Nádia Gerhard, assinaram o documento com a Organização Social Civil (OSC) Beith Shalom. A associação foi a vencedora do edital de chamamento público e agora tem o prazo de 30 dias para iniciar os trabalhos no Centro e na Vila Cruzeiro.
A comandante Nádia assegurou que os novos restaurantes "não servirão apenas um prato de comida". Segundo a secretária, as novas unidades possibilitarão que "pessoas em situação de vulnerabilidade social possam receber uma atenção completa". Para tanto, a pessoa que precisar almoçar em algum destes estabelecimentos, será cadastrada e passará por uma anamnese, para que possíveis problemas e dificuldades possam ser tratadas. Os restaurantes, de acordo com Nádia, terão nutricionista e assistente social. Em troca destes serviços, a prefeitura irá remunerar a Beith Shalom em R$ 79.200 mensais. Neste primeiro mês, excepcionalmente, a entidade receberá R$ 45 mil para montagem da estrutura.
A Beith Shalom, segundo seu presidente, Niles Kael, é mais conhecida pelo Projeto Amor, que já vem sendo realizada há dez anos. "Somos aquelas pessoas de colete amarelo que distribuem refeições pelas ruas da cidade durante à noite", lembrou. A assinatura do contrato vem em um bom momento para a associação. "Esta é a oportunidade de amadurecer este trabalho. A proposta aqui é o acolhimento, respeitar as pessoas que precisa desta ajuda". O contrato assinado prevê o fornecimento de 300 refeições, sendo 200 na unidade do Centro e 100 na da Vila Cruzeiro.
A ideia de implantar estes novos restaurantes foi colocada em prática logo que o tradicional Restaurante Popular, da Rua Santo Antônio, bairro Floresta, foi fechado em 9 de maio, pelo término do contrato da empresa prestadora do serviço com a prefeitura. No estabelecimento fechado, a comida não era gratuita, mas servida mediante o pagamento de R$ 1. Desde 13 de maio, em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), em caráter provisório, uma carreta equipada com cozinha industrial e lavanderia, passou a atender a demanda no Ginásio Tesourinha, servindo 150 refeições diárias.
O prefeito Nelson Marchezan Jr., reforçou o caráter transformador da iniciativa. "Não queremos apenas dar refeições. Temos que colocar dinheiro público para mudar vidas. Esperamos que a alimentação seja o meio de transformação destas pessoas em situação de vulnerabilidade", afirmou.
Também no mesmo ato onde foi assinado o contrato, foi lançado novo edital de chamamento público para entidades interessadas nos demais quatro lotes do Prato Alegre: Centro 2, Eixo Baltazar, Restinga e Lomba do Pinheiro.