Presidente do STJ mantém júri popular para caso Bernardo
Ministra Laurita Vaz negou recurso de Leandro Boldrini
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Segue em vigor a decisão de que Boldrini, pai do menino Bernardo; a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz sejam julgados pelo Tribunal do Júri, em data a ser marcada.
A decisão deve ser publicada na terça-feira. Neste sábado, o advogado de Boldrini, Ezequiel Vetoretti, disse que espera ser notificado para analisar a possibilidade de recurso, dentro do STJ, já que a decisão da ministra é monocrática.
Caso Bernardo
O corpo do menino de 11 anos foi encontrado na noite de 14 de abril de 2014, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen, na mesma região. O crime envolveu o emprego do sedativo Midazolan – comprado com uma receita supostamente assinada pelo pai do menino – e teve como motivação aparente o ciúme que Graciele sentia da criança. Já Edelvânia é acusada de ajudar no crime em troca de dinheiro e Evandro de cavar o buraco usado para a ocultação do cadáver.
Na fase de instrução processual, foram ouvidas 25 testemunhas de acusação e 28 de defesa. Em agosto de 2015, o juiz Marcos Agostini, de Três Passos, determinou o júri popular. Em abril do ano passado, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) manteve a decisão, por 2 votos a 1.
No fim de 2016, a defesa de Boldrini interpôs recursos no Judiciário gaúcho, com vistas ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas teve os pleitos negados pela 2ª vice-presidência do TJ. Em paralelo, o advogado de Evandro tentou separar o processo do cliente da peça principal, mas não teve sucesso.