PRF escolta caminhoneiros de Três Cachoeiras a Porto Alegre
Cerca de 800 motoristas decidiram permanecer em manifestação no local
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Conforme o chefe da seção de operações da PRF, Carlos Cruz, três caminhões saíram de um posto às margens da BR 101, em Três Cachoeiras e foram escoltados pelos agentes até Porto Alegre. Atualmente, cerca de 800 caminhoneiros permanecem no local, sem previsão de saída.
Cruz disse que além de motocicletas e da tropa de choque, 12 viaturas foram empregadas na ofensiva, que envolveu mais de 45 agentes. “Todos aqueles que optaram por permanecer foram identificados, os que optaram por se deslocar tiveram a saída franqueada pela nossa equipe”, detalhou.
Um caminhão carregado com mangas e dois vazios optaram por deixar o km 22. A equipe de Choque da PRF ficou posicionada nas proximidades para garantir a segurança dos policiais. Como não houve enfrentamento, o trabalho foi tranquilo, e por volta das 18h30min, às viaturas deixaram o município.
Neste momento comboio da PRF está na lateral da BR-101, na altura do KM 22, sentido Capital. Dados serão informados após o fim da ofensiva @correio_dopovo @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/M2hv1oMeZA — Fran Stefani (@F_Franceli) 29 de maio de 2018
Um dos locais que reúne mais manifestantes, Três Cachoeiras conta com caminhoneiros de todo o Brasil. “Tem pessoas aqui de Goiás e Recife, por exemplo, que não estão com pressa de voltar. Só sairemos daqui quando o que foi anunciado pelo presidente Michel Temer for publicado no Diário Oficial”, declarou o motorista Alceu Leffa, 56 anos.
Motorista há 38 anos, ele contou que a maioria dos veículos parados são de profissionais autônomos. Segundo ele, entre as objetivos da mobilização, estão a luta pela intervenção militar e a redução de impostos, considerados abusivos. Para ele, foi desnecessária a presença de tantas viaturas no local. “Aqui o movimento é pacífico, lutamos apenas pela nossa classe e pelo nosso trabalho”, definiu. Às 9h desta quarta haverá uma reunião em Brasília, com representantes dos caminhoneiros, que poderá dar novos nortes às paralisações pelo Estado.