Professores protestam e pedem calendário de vacinação contra Covid-19 em Porto Alegre

Professores protestam e pedem calendário de vacinação contra Covid-19 em Porto Alegre

Ato ocorreu nesta segunda-feira, em frente ao Palácio Piratini

Cláudio Isaías

A vacinação foi um pleito defendido pelos profissionais da educação na retomada às aulas presenciais

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Os professores realizaram, nesta segunda-feira, uma manifestação na frente do Palácio Piratini, onde pediram ao governo do Rio Grande do Sul um calendário de vacinação contra a Covid-19. Um grupo de aproximadamente 50 pessoas entre integrantes do Cpers/Sindicato destacou nos discursos a necessidade da estruturação de um calendário de imunização contra o coronavírus que alcance todos os profissionais da Educação da rede estadual antes da retomada das aulas presenciais. A entidade reivindicou também reposição salarial já que a categoria está há sete anos sem reajuste dos vencimentos. 

Em função da pandemia, o sindicato optou por convocar e levar até a Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre, apenas um representante de cada um dos 42 núcleos do Cpers. Com cartazes, o grupo pedia vacina para os educadores. Na última semana, o sindicato reiterou a exigência de um calendário completo de imunização, protocolando um ofício junto ao gabinete do governador Eduardo Leite. 

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que o governo do Estado fez uma “confusão” nas suas movimentações jurídicas para a retomada das aulas presenciais. Em contato com os diretores dos núcleos, na manhã de hoje, a presidente orientou os diretores das escolas para que não recebessem os alunos enquanto a situação não fosse definida.

Além do Cpers, o protesto contou com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Estadual dos Estudantes (UEE), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) e a deputada estadual Sofia Cavedon. A atividade fez parte da 22ª Semana em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).  

Plano de vacinação

Segundo Helenir Aguiar, enquanto os governos estaduais e municipais no País apresentam planos e iniciam a vacinação de seus profissionais da Educação, o Rio Grande do Sul fica para trás. "A inércia do Estado tem colocado os educadores em alerta. Mesmo sem planos concretos para vacinar a categoria, o Estado manobrou para incluir a educação no sistema de cogestão, abrindo a possibilidade de reabertura de escolas nas cidades em que os prefeitos adotarem protocolos de bandeira vermelha", ressaltou. 

Conforme a presidente, as taxas de transmissão comunitária no Rio Grande do Sul permanecem muito acima do aceitável e não permitem flexibilização de forma segura. Helenir lembrou ainda a situação grave da categoria neste momento de pandemia. “Na nossa categoria, já tivemos mais de 100 mortes. A cada dia temos novas notícias de colegas que morreram e de diretores que se infectaram nos plantões, então é uma realidade bastante grave", explicou. 

Conforme ela, a volta às escolas vai aumentar a circulação de maneira significativa, muitos necessitam do transporte público e a gente sabe que esses são espaços onde não se tem garantias sanitárias”, acrescentou. Helenir Aguiar afirmou que a vacinação é uma necessidade para o retorno às aulas presenciais. 


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