Profissionais do GHC fazem capacitação nos idiomas creole e francês em Porto Alegre

Profissionais do GHC fazem capacitação nos idiomas creole e francês em Porto Alegre

Objetivo das aulas é reforçar a comunicação com pacientes imigrantes

Felipe Faleiro

publicidade

Colaboradores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) iniciaram, nesta sexta-feira, no auditório do Hospital Fêmina, em Porto Alegre, uma capacitação nos idiomas creole e francês básico, falados pela população do Haiti. O objetivo das aulas, ministradas pelo professor Salomon Desir, 34 anos, é reforçar a comunicação com imigrantes que buscam as dependências do GHC para realizar procedimentos diversos. Serão, ao todo, nove aulas, que se repetirão a cada semestre para grupos diferentes de profissionais.

Os colaboradores receberam também uma cartilha com a tradução de diversas palavras do português para estes idiomas, bem como para o inglês e o espanhol, já que o creole foi explicada por Salomon como uma língua que tem base nestas outras. Ele conta que fazia faculdade de Letras em seu país e está há nove anos no Brasil. Por aqui, é professor da Fundação Maçônica Educacional (FME) de Porto Alegre, que o encaminhou para ministrar as aulas para o GHC. Atualmente, ele atua como supridor em um supermercado. As duas entidades têm um termo de cooperação técnica. 

A coordenadora na gerência de apoio do grupo hospitalar, Vera Beatriz Rodrigues Soares, relata que o caráter social é de uma importância para o sucesso do projeto. “Estas pessoas têm acessado as portas de entrada da instituição, e temos aqui uma preocupação com este acolhimento. Se viu a necessidade de termos uma comunicação facilitada para todos eles, e fomos em busca de parcerias que pudessem nos oportunizar este ensinamento”, disse. Marli Silveira, assistente social do GHC, participou da primeira turma e classificou o curso como uma quebra de barreiras.

“Com um pouco desta apropriação desta cultura e do idioma, acredito que conseguiremos cumprir os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), como a equidade, o atendimento humanizado, a boa acolhida e o respeito às individualidades”, comentou. Conforme ela, até então, os colaboradores do GHC recorriam a ferramentas externas de tradução instantânea, como aplicativos, para compreender o que os pacientes naturais do Haiti diziam. “Certamente isto vai nos ajudar a entender e trabalhar melhor, bem como oferecer um serviço de mais qualidade”.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895