Quais as diferenças entre ciclone tropical e ciclone extratropical

Quais as diferenças entre ciclone tropical e ciclone extratropical

Ciclone tropical - ou furacão - se forma em regiões tropicais, onde o mar é muito quente e a temperatura fica acima de 27 °C

Felipe Samuel

publicidade

Um ciclone subtropical deve chegar o Rio Grande do Sul entre terça e quarta-feira desta semana e provocar ventos que podem superar 100 km/h no Litoral do Estado. Este fenômeno, segundo a meteorologista Estael Sias, o fenômeno que deve atingir o solo gaúcho será híbrido, reunindo características tanto de ciclone extratropical quanto do ciclone tropical.

De acordo com a especialista, o ciclone extratropical se forma pelo contraste de temperatura, enquanto o ciclone tropical se forma pelo mar aquecido. “Ciclone extratropical fica fora da região tropical, acontece praticamente toda semana no Atlântico Sul, mas só se menciona nos boletins de previsão do tempo quando esse ciclone está mais próximo da Costa e traz vento, chuva ou mesmo alguma situação de ressaca marítima ou evento bastante forte no Litoral”, destaca.

Um ciclone extratropical é um fenômeno típico, que se forma devido ao contraste térmico e acontece em qualquer época do ano. “Uma diferença grande de temperatura muitas vezes forma esse sistema de baixa pressão atmosférica, que pode se formar no continente ou próximo ao continente no mar e depois se afasta”, resume.

Já o ciclone tropical – ou furacão – se forma em regiões tropicais, onde o mar é muito quente, acima de 27 °C a temperatura. “Na formação do ciclone tropical, a energia é liberada pelo oceano muito quente, então tem muita evaporação. A evaporação faz com que a pressão atmosférica vá caindo naquele ponto, formando o ciclone tropical. Geralmente se forma com maior frequência na região do mar do Caribe, nessas áreas onde o oceano está mais aquecido”, explica Estael.

Ela ressalta que o ciclone tropical tem característica de se formar no mar e depois avançar em direção ao continente. “A trajetória, o deslocamento, é oposto ao ciclone extratropical. Então esses são dois fenômenos diferentes”, completa.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895