Recuperação de trecho alagado na zona Norte de Porto Alegre vai até segunda-feira
Com esgoto acumulado e problemas no asfalto, linhas de ônibus alteraram itinerário para desviar da Avenida Bernardino Silveira Pastoriza
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Inicialmente prevista para esta quarta-feira, a Prefeitura de Porto Alegre estima que a conclusão dos trabalhos emergenciais realizados na avenida Bernardino Silveira Pastoriza, no bairro Rubem Berta, deve ocorrer até a próxima segunda-feira. Alagado a várias semanas, o trecho teve parte do asfalto destruído nos últimos dias, o que afetou as linhas de ônibus da zona Norte da Capital e de Alvorada.
Desde segunda-feira, o departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realiza uma ação paliativa na via. O objetivo é escoar o esgoto acumulado e recuperar o asfalto. As obras, contudo, não serão suficientes para dar fim aos problemas da região, conforme reconhece o próprio órgão.
O trabalho executado nesta semana pelas equipes do Dmae consiste na implantação de 100 metros de tubulações em pead no diâmetro de 315 milímetros e na construção de quatro poços de vista que serão colocados ao longo do trecho. A última etapa do serviço será a colocação da camada asfáltica na área onde houve a intervenção por parte do Dmae.
No local, há necessidade de implantação de redes pluviais de grande diâmetro. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) informa que a execução da requalificação estrutural de pavimentos está prevista no Lote 3 do Programa de Requalificação Viária 2019/2020. A prefeitura, contudo, ainda não tem os recursos necessários para executar as obras.
Equipe do DMAE continua trabalhando na Av. Bernardino Pastoriza, onde está sendo construída uma rede de drenagem provisória. A solução é paliativa e visa devolver a mobilidade à via enquanto não há recursos para obras de macrodrenagem na região que sofre com alagamentos.#SURB pic.twitter.com/K9l68bfMqz
— Ramiro Rosário (@curtaramiro) November 20, 2019
No último domingo, um ônibus do consórcio Mob, que atende os bairros da zona Norte da cidade, caiu em uma cratera aberta sob a água. O veículo precisou ser guinchado. Já os passageiros, que não conseguiam desembarcar devido ao acúmulo de água, foram transferidos para outro ônibus que precisou emparelhar as portas, fazendo uma ponte.
Além de afetar os motoristas, a situação também gera reclamação dos moradores. A dona de casa Silce Garcia, residente na Rua dos Maias, explica que basta chover para a via se transformar num verdadeiro rio. “A prefeitura já esteve diversas vezes na região, mas não consegue resolver o problema”, lamentou. A situação, contudo, se agravou nas últimas semanas, período em que mesmo quando não houve registro de chuva, o alagamento permaneceu. Os comerciantes e moradores chegaram a realizar um protesto na semana passada, quando incendiaram pneus e bloquearam a via para chamar atenção do poder público.