Redução de doadores gera situação de alerta em bancos de sangue de Porto Alegre

Redução de doadores gera situação de alerta em bancos de sangue de Porto Alegre

Para que os problemas sejam sanados, é necessário uma média de 50 doações por dia

Correio do Povo

Para evitar a falta de sangue a estratégia durante o mês de dezembro foi intensificar as campanhas de doações

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A redução no número de doadores aliada ao crescimento de acidentes pode trazer problemas para os bancos de sangue do estado durante o Réveillon. Em Porto Alegre, estoques dos tipos O-, O+, AB- e B- estavam em situação de alerta na manhã de sexta-feira em diferentes hospitais, mesmo com bancos de sangue da cidade realizando campanhas ao longo de dezembro. A queda no número de doações é bastante acentuada nas duas últimas semanas do mês. Aliado a isso, o crescimento no número de acidentes e atendimentos coloca os estoques sempre em risco.

O maior problema no momento é quanto aos estoques de plaquetas, que têm uma validade menor. Pelo menos dois locais registraram baixo número neste estoque: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e o Grupo Hospitalar Conceição (CHC). Ambos também estavam em estado de alerta para o sangue AB-. Para que os problemas sejam sanados. é necessário uma média de 50 doações por dia. 

Hematologista do Banco de Sangue do GHC, Kátia Fassina, diz que o maior problema não foi a demanda que aumentou, mas sim as doações que reduziram. “A demanda se mantém estável para questões clínicas rotineiras, o que faz com que o estoque penda para baixo é a redução de doadores. É esse descompasso que nos dificulta.” De acordo com ela, o que deve aumentar a procura por transfusões são os acidentes, situação rotineira em feriados prolongados. “A tendência é aumentar a demanda, todos os feriados mais prolongados são os nossos calcanhar de aquiles. Esse ficou mais atípico porque ficará quase cinco dias de feriadão.”

Para evitar a falta de sangue, a estratégia durante o mês de dezembro foi intensificar as campanhas de doações, como o caso do Hemocentro de Porto Alegre, que atende 40 hospitais da região Metropolitana e do Litoral Norte. “Temos uma equipe de captação que monitora o estoque diariamente que trabalha na busca de doadores, então a queda não foi muito brusca”, disse a coordenadora do Hemocentro do Rio Grande do Sul, Maristela Westphal Teixeira. 


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