Redução na tarifa de ônibus ainda não tem data para ocorrer em Porto Alegre

Redução na tarifa de ônibus ainda não tem data para ocorrer em Porto Alegre

Desconto será de 15 centavos na passagem do transporte público na Capital 

Gabriel Guedes

Desconto será de 15 centavos na passagem do transporte público na Capital

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Com a aprovação, na quarta-feira, do projeto de lei que acaba com os 3% da Câmara de Compensação Tarifária da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a expectativa agora fica em torno de quando poderá ser aplicada a redução de 15 centavos na tarifa de ônibus de Porto Alegre. O valor que deixará de ser arrecadado é de R$ 24 milhões ao ano, levando em conta o total de usuários. A proposta integra o pacote Transporte Cidadão, que segue tramitando desde o começo do ano na Câmara de Vereadores.

Segundo o secretário extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, o Paço Municipal segue aguardando pela redação final da lei pelo Poder Legislativo. Chegando na Prefeitura, o prefeito Nelson Marchezan Júnior terá até 15 dias para sancioná-lo e após isso, ainda se deve ter mais algum prazo para atualização do valor da passagem.

Tortoriello lembra que a medida inicia uma alteração na lógica da remuneração do transporte coletivo, que, com a aprovação de outros projetos de mobilidade em andamento na Câmara, resultará em diminuição no preço da passagem de Porto Alegre, que por pouco não atingiu os 5 reais, já que a revisão tarifária, que era pra ser feita nos primeiros meses deste ano, foi postergada e não tem data para acontecer, segundo o secretário. “Espero que não pare neste item (a análise do pacote). A proposta é muito mais ousada do que tirar 15 centavos", defendeu.

O secretário espera que a medida, quando aplicada, sirva de estímulo para recuperar usuários do sistema de transporte, que vem caindo drasticamente durante a pandemia de Covid-19, mas ressalta a necessidade de aprovação do pacote completo para manter o sistema sustentável às empresas e atrativo aos passageiros. “Estamos com 40% dos passageiros que tínhamos antes da pandemia. Já chegou a ter 20%. E neste cenário, nem sempre a receita tarifária é suficiente para custear a operação", avaliou.

Para evitar um desequilíbrio na operação do transporte público da Capital, Tortoriello afirmou que a Prefeitura tem trabalhado para ter uma oferta adequada ao tamanho da demanda. “Fazemos esta análise diariamente. Às vezes estamos com mais demanda em uma linha, menor em outra e aí se remaneja. Este tipo de atitude faz com que a gente consiga administrar o sistema com os impactos da pandemia. E com isso vamos mantendo o serviço com padrões aceitáveis", concluiu.

 


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