Refugiados venezuelanos chegam no RS em busca de uma nova vida

Refugiados venezuelanos chegam no RS em busca de uma nova vida

Cento e vinte e sete venezuelanos, de 33 famílias refugiadas, desembarcaram no Aeroporto Salgado Filho no início da tarde

Sidney de Jesus

Todos chegaram já empregados e com residência fixa

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Em busca de uma nova vida longe do regime ditatorial do governo do presidente Nicolás Maduro, 127 venezuelanos de 33 famílias refugiadas do país desembarcaram no início da tarde desta terça-feira, no Aeroporto Salgado Filho, na Capital, vindos de Roraima.

Após sete horas de viagem, eles pisaram em solo gaúcho aparentando cansaço, mas cheios de esperança e felizes pela oportunidade de poder recomeçar suas vidas com dignidade no Brasil, por meio do projeto Operação Acolhida, do governo federal.

Na pista do Aeroporto, as famílias refugiadas receberam as boas-vindas de representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM). A seguir, o grupo ingressou em seis ônibus com destino a Guaporé e outros municípios do interior do RS. “Esperamos que tenham a melhor integração possível aqui no Estado, principalmente na inserção laboral e no empreendedorismo”, disse o coordenador de projetos da OIM no RS, Iurqui Pinheiro, lembrando que os migrantes e refugiados venezuelanos desembarcaram em Porto Alegre já empregados e com residência fixa. “Sessenta e sete deles irão trabalhar em sete empresas de confecções de roupas íntimas femininas, em Guaporé, e o restante trabalhará em empresas de diversos setores em outras cidades do Estado”, revelou.

De acordo com Iurqui Pinheiro, o Rio Grande do Sul é 3º Estado que mais recebe migrantes no país, e Porto Alegre é a 5ª Capital em acolhimento. “O objetivo do projeto Operação Acolhida, que oferece assistência emergencial aos migrantes e refugiados venezuelanos que entram no país pela fronteira com Roraima, é interiorizar estas pessoas já com emprego, devolvendo a dignidade a elas”, ressaltou coordenador de projetos da OIM no RS. Ele destacou, ainda, que os próximos meses, mais 165 famílias deverão chegar no RS por este projeto.

A iniciativa da interiorização é uma parceria entre a Secretaria Nacional de Proteção Global (SNPG), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Instituto Virada Feminina e a Organização Internacional para as Migrações (OIM). “Além de terem a oportunidade de refazerem suas vidas, os migrantes poderão ajudar no desenvolvimentos dos municípios que irão morar e trabalhar”, afirmou a diretora para a América Latina da Virada Feminina, Blanca Montilla.


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