Rendimento dos servidores públicos está estagnado, diz Sintergs

Rendimento dos servidores públicos está estagnado, diz Sintergs

Presidente do Sindicato, Antonio Augusto Medeiros, afirma que a pandemia não pode ser encarada de forma isolada

Correio do Povo

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O rendimento dos servidores públicos está estagnado, afirma o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs), nesta terça-feira. Segundo o presidente da entidade, Antonio Augusto Medeiros, a remuneração dos servidores públicos não teve aumento durante a pandemia, conforme texto sobre os dados de um levantamento de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Não condiz com a realidade. Pelo menos não para a maioria do funcionalismo, à exceção dos militares e de parte do Judiciário", disse Medeiros. 

De acordo com o presidente do Sintergs, o próprio IBGE atribui estabilidade e não crescimento no que diz respeito à remuneração dos servidores públicos. Ele cita ainda que uma análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que é parceiro do Sintergs, não identificou equivalência com os dados do quarto trimestre de 2020 comparado com o mesmo período de 2019. Tampouco no levantamento do primeiro trimestre de 2021 se comparado ao primeiro trimestre de 2020.

"Além disso, os servidores atuam em ocupações sem equivalência ao setor privado, como na defesa nacional, no judiciário, na segurança pública, na produção de ciência básica e na geração de informações primárias e administrativas", explica Medeiros. "Ou seja, há heterogeneidade entre as funções e suas remunerações. Ao se analisar somente as médias salariais entre empregados públicos e privados, esta diversidade é camuflada", completa. 

Medeiros ainda cita que a pandemia não pode ser encarada de forma isolada. "A crise sanitária está relacionada a fatores sociais, políticos e econômicos, ampliando a desigualdade social e dificultando o acesso a bens essenciais. Ou seja, vai bem além da questão da saúde, e impacta especialmente os mais vulneráveis, exigindo maior atuação do Estado, mais políticas públicas e, portanto, mais trabalho daqueles que as executam: os servidores públicos", finaliza.


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