Rodoviária de Porto Alegre prevê queda no movimento com medidas de contenção da Covid-19

Rodoviária de Porto Alegre prevê queda no movimento com medidas de contenção da Covid-19

Diretor de Operações, Giovani Luigi, ressalta que o terminal rodoviário opera com 30% a 35% do que era no ano passado

Cláudio Isaías

Segundo diretor de operações, Rodoviária opera com 30% a 35% do movimento do ano passado

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Com as recentes medidas emergenciais anunciadas pelo governador Eduardo Leite relacionadas ao distanciamento controlado com o objetivo de conter o avanço da Covid-19, a Estação Rodoviária de Porto Alegre acredita que possa ocorrer uma queda na movimentação de passageiros. "Não sabemos ainda se as novas medidas vão atingir o setor. Possivelmente teremos uma diminuição de usuários do serviço", ressaltou o diretor de Operações da Estação Rodoviária de Porto Alegre, Giovani Luigi, ao explicar que o terminal rodoviário já está operando com 30% a 35% do que era no ano passado.

A pandemia do coronavírus afetou em cheio a movimentação de passageiros na Rodoviária de Porto Alegre. A queda no setor ocorreu a partir do final do mês de março, quando entraram em vigor diversas medidas para conter a doença, como a quarentena ou o fechamento de estabelecimentos comerciais em Porto Alegre. Antes da Covid-19, a Rodoviária da Capital, tinha uma circulação de 11 mil a 12 mil pessoas por dia e havia à disposição dos usuários mais de 500 horários fixos de ônibus. A movimentação hoje é de cerca de duas mil pessoas por dia e são disponibilizados uma média de 150 a 170 ônibus diariamente.

Segundo Luigi, há pelo menos cinco ou seis anos a circulação de passageiros apresenta uma redução muito por conta da recessão econômica do país e do desemprego. "A Rodoviária, com a crise da Covid-19, apresentou uma diminuição estimada entre 80% a 85% na circulação de usuários", explicou.

O diretor de Operações afirmou ainda que para muitas pessoas viajar não é necessário. "As pessoas que visitavam um parente no interior, por exemplo, uma vez a cada três meses, com a pandemia, agora vão levar talvez um ano para viajar", explicou. Neste momento, segundo Luigi, a prioridade da população é pela compra de alimentos, roupas e o pagamento de contas.

"Quando tudo melhorar as pessoas vão começar a pensar novamente em viajar de ônibus", ressaltou. O terminal, que funciona no Largo Vespasiano Júlio Veppo, no Centro Histórico, recebe empresas de ônibus que realizam viagens estaduais, nacionais e internacionais.

Em nota, a Associação Riograndense de Transporte Intermunicipal (RTI) afirmou que as empresas de transporte seguem com todos os cuidados e protocolos de segurança, com a lotação determinada e oferecendo toda a segurança para quem viaja. Inclusive acontece a verificação da temperatura de funcionários e passageiros.


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