Rodoviários de Porto Alegre exigem manutenção de cobradores em dissídio de 2020

Rodoviários de Porto Alegre exigem manutenção de cobradores em dissídio de 2020

Encontro reuniu dezenas de trabalhadores da empresa em frente à sede do sindicato, na Cidade Baixa

Jessica Hübler

Encontro reuniu dezenas de trabalhadores da empresa em frente à sede do sindicato, na Cidade Baixa

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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) realizou, na noite desta quinta-feira, a primeira assembleia geral da categoria para tratar do dissídio de 2020. De acordo com o presidente da entidade, Adair da Silva, as principais reivindicações dos rodoviários são: a manutenção dos cobradores de forma obrigatória em todos horários; aumento salarial de 7% (possível 3% de ganho real); vale alimentação de R$ 27,50 para R$ 30,50 e retirada da cláusula das 4 horas de intervalo.

“O carro chefe é a manutenção dos cobradores. Não assinamos o dissídio se não tivermos essa garantia”, enfatizou. Segundo ele, também há uma complicação com o plano de saúde dos trabalhadores. “Não aceitamos a cobrança de coparticipação nas consultas. Isso teoricamente já está resolvido, mas precisamos também ter a garantia de que não haverá cobrança”, ressaltou.

A primeira assembleia geral serviu para que a direção do Stetpoa apresentasse todas as propostas à categoria. O encontro reuniu dezenas de trabalhadores das empresas de transporte da Capital em frente à sede do sindicato, localizada na rua Venâncio Aires, bairro Cidade Baixa. Os rodoviários acompanharam a assembleia na rua, em frente ao prédio. Duas faixas da Venâncio Aires chegaram a ser bloqueadas pelos trabalhadores que acompanhavam as discussões.

As propostas do Stetpoa foram definidas em reunião horas antes da assembleia geral. Após a apresentação aos rodoviários, agora o sindicato encaminhará a lista para a patronal - o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). O advogado do Seopa, Alceu Machado, informou que assim que o documento com as propostas for recebido, uma reunião para negociação deve ser marcada.

“Vamos trabalhar para tentar acertar o quanto antes. A nossa expectativa é ter o dissídio assinado antes do dia 1º de fevereiro, que é a data-base”, explicou. Segundo ele, a patronal não deve conceder aumento superior à inflação. Na negociação o reajuste sugerido deve ser de 4,5% a 5%, inferior à proposta da categoria. “Sabemos as dificuldades que as empresas estão e eles também sabem. Precisamos da negociação para ter o menor impacto possível”, disse.


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