Rodoviários de Porto Alegre organizam protesto para alertar sobre projeto que reduz cobradores

Rodoviários de Porto Alegre organizam protesto para alertar sobre projeto que reduz cobradores

Iniciativa do executivo prevê redução gradativa do quadro de trabalhadores da categoria

Rádio Guaíba

Protesto irá alertar sobre projeto que reduz cobradores em Porto Alegre

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O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre (STETPOA) organizam para a manhã desta quarta-feira uma manifestação na região próxima à Rodoviária da Capital. O protesto, agendado para as 7h30min, servirá para alertar a categoria sobre um projeto de lei do executivo que retira os cobradores dos ônibus em determinados horários.

Conforme o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva, a ideia inicial é realizar o ato apenas para alertar os trabalhadores sem causar prejuízo para a população. Segundo ele, não haverá bloqueio de vias, portas de garagens ou até mesmo operação tartaruga. “A gente não vai com a intenção de parar ou bloquear o trânsito. Nós não iremos para os corredores de ônibus. Amanhã é só o começo do movimento para alertar os cobradores”, afirma.

Adair da Silva ressalta que a aprovação do projeto irá gerar desemprego e afetará somente os trabalhadores das empresas privadas. Atualmente, a Capital conta com cerca de 3,6 mil cobradores de ônibus.

O dirigente sindical sinalizou ainda que os rodoviários já estão mobilizados para evitar a aprovação da matéria caso seja colocada em pauta. A classe, inclusive, cogita a possibilidade de greve. “Se o projeto tiver andamento, o movimento será mais forte. Vamos trancar todos os corredores de acesso ao Centro e parar a cidade”, ressalta. 

Matéria em tramitação

O líder do governo na Câmara de Vereadores, Mauro Pinheiro (Rede), informa que o projeto está em tramitação em regime de urgência e deve ser votado no mês de dezembro deste ano. No dia 2 de dezembro, uma audiência pública será realizada na casa legislativa para debater o projeto.

Saiba mais sobre o projeto

Pelo projeto do executivo, a tripulação do sistema do transporte coletivo pode sofrer redução gradativa, com a exclusão dos cobradores, nas seguintes hipóteses: rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do cobrador; demissão por justa causa; aposentadoria; falecimento do empregado e interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.

O texto prevê, ainda, que os cobradores deixem de existir, primeiro, nas linhas cuja viagem tenha iniciado entre 22h e 4h, e nos domingos, feriados e dias de passe livre. O projeto também estabelece que, entre 22h e 4h, o pagamento da tarifa seja feito exclusivamente por meio de cartão do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, cartão de débito, cartão de crédito ou outras formas eletrônicas de pagamento. O não uso de dinheiro visa, segundo a Prefeitura, a segurança dos passageiros e do motorista.


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