Rodoviários protestam contra projeto que retira cobradores em Porto Alegre

Rodoviários protestam contra projeto que retira cobradores em Porto Alegre

Categoria iniciou uma passeata pelo corredor de ônibus na zona Leste até a Câmara de Vereadores

Correio do Povo

Rodoviários iniciaram caminhada até a Câmara de Vereadores

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Rodoviários realizam na manhã desta quarta-feira um protesto contra o projeto que sugere a extinção gradativa dos cobradores nos ônibus de Porto Alegre. Os manifestantes bloquearam a garagem de algumas empresas da cidade, mas não impedem a saída dos coletivos. No entanto, por conta da mobilização, o trânsito em alguns pontos está lento em função de uma caminhada iniciada na zona Leste da Capital. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) autorizou a circulação de lotações com passageiros em pé. 

Integrantes da categoria começaram uma passeata na garagem da empresa Carris e percorrem a pé o corredor de ônibus na avenida Bento Gonçalves, deixando o trânsito lento para outros coletivos no sentido bairro-Centro. Horários da linha T11 estão sendo reforçados pelo consórcio Viva Sul para minimizar os problemas para a população. "Decidimos em assembleia: quem quiser trabalhar pode voltar a trabalhar, não vai ter retaliação. E quem aderir ao movimento; a caminhada será até a Câmara de Vereadores", disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva. 

Em outro ponto da cidade, na zona Norte, a garagem da Nortran também serviu como palco do protesto contra o projeto da prefeitura de Porto Alegre. Os rodoviários fizeram uma caminhada que já chegou ao Terminal Triângulo.

O projeto, que deve ir à votação nesta quarta-feira, sugere a diminuição gradativa da tripulação nos ônibus, excluindo os cobradores nas seguintes hipóteses: rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do cobrador; demissão por justa causa; aposentadoria; falecimento do empregado e interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.

O texto prevê, ainda, que os cobradores deixem de existir, primeiro, nas linhas cuja viagem tenha iniciado entre 22h e 4h, e nos domingos, feriados e dias de passe livre. O projeto também estabelece que, entre 22h e 4h, o pagamento da tarifa seja feito exclusivamente por meio de cartão do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, cartão de débito, cartão de crédito ou outras formas eletrônicas de pagamento. O não uso de dinheiro visa, segundo a Prefeitura, a segurança dos passageiros e do motorista.

 

 

 

 

 


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