RS se baseia em redução de internações pela Covid-19 para aumentar flexibilizações

RS se baseia em redução de internações pela Covid-19 para aumentar flexibilizações

Reunião na noite desta quinta-feira sela os últimos detalhes para o funcionamento das atividades econômicas no Estado

Felipe Samuel

Naudorf explica que os protocolos são adequados conforme o momento que 'vivemos' da pandemia

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O Diretor do Departamento de Auditoria do SUS/SES, Bruno Naundorf explica que a diminuição das restrições, que serão anunciadas pelo governador Eduardo Leite nesta sexta-feira, se justifica a partir da redução das internações nos hospitais do Rio Grande do Sul - que chegaram a contabilizar 9 mil pacientes e nesta noite registram menos de 6 mil - e do decréscimo do número de novos casos de infectados pelo coronavírus.

"Não queremos voltar a ter uma situação ruim, como o fato de 36% dos óbitos terem ocorrido em março. Esse é um dado importante, mais de 1/3 dos óbitos no Estado ocorrem no mês de março", alerta.

Por conta disso, o governo ainda definia no final da noite desta quinta-feira ajustes pontuais para confirmar as normas para flexibilização do funcionamento das atividades econômicas.

"Contamos muito com fiscalização, que é papel e competência municipal. Esperamos que possa ser feito de forma mais forte nos municípios", destaca Naudorf, que participa das reuniões do Gabinete de Crise do RS. Ele destaca que o 'papel de fiscalização' existe desde o primeiro decreto do modelo de cogestão.

A novidade é que agora os municípios precisaram colocar no 'papel' como se dará a fiscalização. Entre as novas exigências, está a necessidade de o município contar com um fiscal para cada 2 mil habitantes.

"Se vou ter restaurantes abertos ao meio-dia, tenho que ter formas de fiscalizar, por exemplo", frisa, acrescentando que cada região poderá desenvolver as atividades dentro das características locais. "Por isso existe possibilidade de fazer ajustes neste momento, não por pressão, porque todo trabalho é técnico. Em outros momentos já foram mais flexibilizados e mais restritivos", compara. 

Naudorf explica que os protocolos são adequados conforme o momento que 'vivemos' da pandemia. "Os protocolos são revistos semanalmente, seja para apertar o cinto, seja para flexibilização de acordo com as características. Esta é a vantagem do modelo de Distanciamento Controlado", sustenta.

Ele alerta que mesmo com a redução das restrições os municípios devem acompanhar com atenção os planos sanitários e epidemiológico da cidade. "Os municípios têm que acompanhar os dados de internações e novos casos de infectados pela Covid-19, que são diferentes em cada região", observa. 

Ele reforça que o modelo de distanciamento prevê acompanhamento de 11 indicadores para entender o avanço da doença e equilibrar saúde e economia. "Cogestão não é aderir à bandeira anterior, é preciso avaliar dados de saúde e tomar decisões baseadas em dados epidemiológicos", completa.

Conforme Naudorf, os planos de fiscalização entregues pelos municípios estão bem feitos. De acordo com a Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam), 389 cidades enviaram até o final da noite o plano de fiscalização.


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