Saúde monitora combate à dengue no RS e em outros estados

Saúde monitora combate à dengue no RS e em outros estados

Sala de Situação conta com painéis informativos e análise de casos por uma equipe multidisciplinar

Correio do Povo

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Focada em estratégias para diminuição do agravamento de casos e evitar óbitos causados pelas arboviroses urbanas no país, a Sala de Situação para o monitoramento de arboviroses urbanas (dengue, zika e chikungunya) do Ministério da Saúde, tem procurado qualificar e agilizar as ações de estados e municípios. O trabalho conta com painéis informativos, automatização de análises de casos e uma equipe multidisciplinar que vai a campo. Entre os estados que mais exigem atenção está o Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira, por exemplo, alcançou o número de 35 mortes por conta do Aedes Aegypti. 

A atuação tem início com a análise de dados dos sistemas de informação do SUS, enviados pelas unidades federativas, e da checagem de rumores, que são notícias veiculadas em canais de comunicação, caso as informações sobre as doenças ainda não tenham sido relatadas ou notificadas pela equipe de Vigilância em Saúde. 

A vigilância laboratorial é outro pilar importante no enfrentamento da dengue. “A vigilância laboratorial trabalha para que seja identificado, por exemplo, qual é o sorotipo da dengue, dos quatro circulantes no país, transmitido em determinada região. A partir da detecção do sorotipo circulante, o diagnóstico dos casos pode ocorrer por critérios clínicos e epidemiológicos”, explica o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses, do Ministério da Saúde, Cássio Roberto Leonel Peterka.

Os estados de mais atenção

Os estados com maior agravamento de casos de dengue são prioridade para ações da Sala de Situação. As equipes de campo entram em contato com essas unidades e iniciam uma avaliação ainda mais minuciosa da situação. Atualmente, Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Rondônia e Rio Grande do Sul são as UF priorizadas, a partir de critérios estabelecidos em uma matriz de risco.

Quando é diagnosticada a necessidade de melhorar a estratégia para controle do vetor, uma equipe é encaminhada para os estados e, juntos, realizam o aperfeiçoamento nas ações. Desde a criação da Sala de Situação, no dia 10 de maio, técnicos já estiveram no Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal e Rondônia para realizar diagnósticos in loco. O trabalho incluiu atividades de fortalecimento das ações de vigilância e controle do mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti, e na assistência em saúde.  A previsão é de que os trabalhos da Sala de Situação durem um mês.

As visitas de campo servem para orientar as equipes de saúde locais quanto ao manejo clínico dos pacientes com suspeita de dengue, além de capacitar a vigilância local e analisar o cenário epidemiológico com os profissionais e gestores estaduais.


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