Saiba quais aeronaves poderão começar a operar na pista ampliada do Aeroporto Salgado Filho

Saiba quais aeronaves poderão começar a operar na pista ampliada do Aeroporto Salgado Filho

Operação da pista de 3.200 metros poderá iniciar a partir de 19 de maio, prevê Fraport

Felipe Faleiro

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Entre as aeronaves que poderão passar a utilizar a pista ampliada do Aeroporto Internacional Salgado Filho, estão os modelos B777-300ER (11.120 km de autonomia e 300 toneladas de peso máximo de decolagem), B747-400 (13.450 km de autonomia e 397 toneladas) e B787-900 (13.950 km de autonomia e 253 toneladas), todos da Boeing, e o A330-900 (13.334 km de autonomia e 251 toneladas), da Airbus. A informação foi divulgada pela Fraport Brasil, empresa que administra o aeroporto. A operação da pista, que terá 3.200 metros de extensão, deverá iniciar no próximo dia 19 de maio.

Na última quarta-feira, a empresa recebeu do CINDACTA II (Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) a homologação dos equipamentos de auxílio às operações de pouso e decolagem. Entre eles, está o Instrument Landing System (ILS). A Fraport afirmou que trabalha atualmente nas adequações das sinalizações horizontais e luminosas de eixo e borda de pista.

Ao todo, a pista está sendo ampliada em 920 metros, e o projeto foi iniciado com o reassentamento de 1.011 famílias que viviam na Vila Nazaré. A saída delas do local e o encaminhamento para outros locais foi coordenada pela Prefeitura e terminou em julho do ano passado. A ampliação da pista deverá possibilitar que aviões provenientes da Europa, Estados Unidos e África pousem no Salgado Filho, assim como aeronaves possam enviar cargas a partir de Porto Alegre, ambas com carga plena.

"Isto permite que o aeroporto opere voos de mais longo curso. Além disto, podem decolar mais perto da capacidade máxima, conseguindo colocar mais combustível, mais carga, passageiros e despachar voos diretos e com menos escalas, pelo menos", afirma o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Lucas Bertelli Fogaça.

Conforme ele, o ILS CAT II, que também está sendo homologado, vai permitir ainda um pouso no Salgado Filho com visibilidade menor. O sistema em si, conforme a Fraport, exige visibilidade horizontal maior que 300 metros de comprimento e visibilidade vertical maior que 30,5 metros, e se a neblina estiver mais densa que estas condições o CAT II não é permitido operar. 

"Nestes dias de nevoeiro ou chuva, o aeroporto ainda vai poder fechar por algum tempo, mas fica bem menos vulnerável, precisa de uma condição mínima de de visibilidade para se conseguir fazer o pouso. Então, as operações devem ficar interrompidas por um tempo menor", comenta Fogaça.


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