O mais longo racionamento de água da história dos 17 anos de emancipação de Floriano Peixoto foi encerrado no último domingo. Desde a segunda-feira, os moradores têm o fornecimento de água normal nos pontos de consumo, o que não ocorria desde 12 de janeiro, quando a medida foi adotada. Foram 151 dias com corte de água.
O município possui três poços artesianos. O consumo médio da população florianense, em condições normais, chega a 70 mil litros de água por dia. Com o racionamento, esse índice chegou a cair para cerca de 50%, levando os moradores a adaptarem-se à produção dos poços.
Com as chuvas do último domingo, também foi suspenso o transporte de água para as comunidades de Linha Betiol e São Miguel, onde 14 famílias aguardavam a chegada de um caminhão-pipa com 30 mil litros. Nas comunidades não havia água nem para consumo humano, conforme a prefeitura de Floriano Peixoto. A respeito de novos investimentos para a produção de água, o secretário José Mário Rigo foi enfático: não há manancial que resista a sete meses sem chuvas.
Em 17 anos, a pior estiagem de Floriano Peixoto, até então, levou o município a enfrentar quatro meses de racionamento de água em 2009, período superado em 2012. A seca deste ano é considerada a pior de todos os tempos na região.