Secretário da Saúde reforça pedido para vacinação contra poliomielite e o sarampo

Secretário da Saúde reforça pedido para vacinação contra poliomielite e o sarampo

Erno Harzheim apontou falta de conscientização dos pais sobre retorno das doenças no País

Correio do Povo

Vacinação continuará disponível na rede municipal de Porto Alegre ao longo da semana

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O secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Erno Harzheim, reforçou o pedido para que os pais vacinem os filhos de um a cinco anos de idade contra a poliomielite e o sarampo, no segundo Dia D de Vacinação, neste sábado na Capital. Ele garantiu que a vacinação continuará disponível na rede municipal ao longo da semana para quem não conseguir comparecer hoje nos postos de saúde. O atendimento ocorre até as 17h.  

Conforme Harzheim, a expectativa é que a cobertura vacinal passe dos atuais 70% já imunizados no público-alvo que está estimado em 65.181 crianças dentro da faixa etária. “É muito importante. Convoco todo os pais a vacinarem e proteger as crianças”, afirmou. Ele alertou que a Capital registra 22 casos de sarampo, sendo que seis confirmados na sexta-feira passada.

Sobre a baixa procura pelas vacinas, ele atribuiu um dos problemas à greve do funcionalismo municipal em agosto passado que afetou o funcionamento de alguns postos de saúde. No entanto, Erno Harzheim também apontou a falta de conscientização da população sobre o retorno no País da poliomielite e do sarampo. “A situação começa a ficar preocupante”, admitiu. Ele citou ainda as informações incorretas disseminadas nas redes sociais e até orientações erradas de pediatras sem embasamento técnico, além de um movimento mundial antivacinação.

“As vacinas trouxeram um grande benefício à humanidade. A cada dose aplicada, o sistema imunológico da criança fica mais alerta e ativado, protegendo-a”, observou, lembrando do avanço científico nessa área. O secretário alertou que as duas enfermidades podem transformar-se em epidemia caso não sejam barradas. “Um caso que começa em um local se espalha bastante rápido”, frisou. “A poliomielite quando estava presente, por exemplo, tinha picos na primavera e principalmente no verão. A campanha de vacinação está sendo feita nesse momento por isso”, esclareceu.

Para atrair as crianças, a equipe do Centro de Saúde Modelo, na esquina das avenidas Jerônimo de Ornelas e João Pessoa, decorou o ambiente com balões coloridos e promoveu pinturas de rosto nos pequenos após receberem as doses. Mauris Hansen, 43 anos, levou a Gabriela, de quatro anos e meio, para ser vacinada. Já Lucas, de um ano, deve ser trazido nos próximos dias. “Sempre vacino e quando tem campanha também participo. Nasci em 1975, eu tenho minha caderneta e tomei na época”, recordou. “Na época tu imaginar que a vacina pode fazer mal é quase uma insanidade. Com todo avanço tecnológico e da medicina, tu pensares assim é um atraso”, considerou. “Tem que vacinar. Não tem justificativa”, disse.

Já Tatiane Lima de Oliveira, 27 anos, levou o filho Samuel, de um ano e três meses, de Viamão para imunizá-lo em Porto Alegre. “Me assustei com essa história de sarampo”, revelou. “Todas as vacinas são importantes com certeza”, acrescentou, assinalando que não havia levado o filho para vacinar no primeiro Dia D de Vacinação, ocorrido no mês passado, por que ele estava gripado na ocasião.

Inicialmente, a campanha de vacinação de crianças de um ano a menores de cinco anos terminaria em 31 agosto. Como a meta de imunizar 95% do público-alvo não foi alcançada, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre pediu a prorrogação do prazo.

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