Secretaria de Saúde investiga 15 suspeitas de sarampo em Porto Alegre

Secretaria de Saúde investiga 15 suspeitas de sarampo em Porto Alegre

Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis emitiu alerta epidemiológico

Correio do Povo

Medida mais eficaz de combater o sarampo é a vacinação

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga 15 suspeitas de sarampo em Porto Alegre. De acordo com a o órgão, entre elas, estão pacientes com histórico de viagem à Itália e ao estado de São Paulo, onde há confirmação de casos da doença.

Conforme dados do Ministério da Saúde, até quarta-feira, 28, foram confirmados 2.565 casos de sarampo no Brasil. Destes, 2.457 (96%) ocorreram no estado de São Paulo, onde foi confirmado o primeiro óbito do ano pela doença em paciente adulto, do sexo masculino, sem histórico de vacinação.

A Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT/SMS) emitiu aos serviços e profissionais de saúde da Capital alerta epidemiológico no final dessa quinta-feira, 29. No documento, é enfatizada a importância de notificação imediata à EVDT de toda suspeita de sarampo, no momento do atendimento de saúde. “A notificação permite agilizar a adoção de medidas de controle, que visam à interrupção da cadeia de transmissão do vírus”, explica a chefe da EVDT, enfermeira Sonia Regina Coradini.

De acordo com dados divulgados nesta sexta pelo Núcleo de Imunizações da SMS, a cobertura vacinal da tríplice viral – calculada a partir da dose 1, feita em crianças de um ano em Porto Alegre de janeiro a julho de 2019 é de 76,3%. No mesmo período de 2018, o índice foi de 85,2%. O índice recomendado pelo Ministério da Saúde para proteção e interrupção na transmissão viral é de 95%.

Aos pacientes, a recomendação no atendimento é informar ao profissional de saúde viagens para locais com transmissão de vírus ou confirmação da doença. No Brasil, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará têm casos confirmados.

Sintomas e suspeita

Casos suspeitos são de pessoas, independentemente da idade e da situação vacinal, que apresentem febre e exantema maculopapular (pintinhas vermelhas), acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.

Vacina

A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) é a única forma de prevenção da doença. Faz parte do calendário oficial de vacinação para crianças e adultos e está disponível para todas as pessoas – de um ano aos 49 anos – na rede pública. O esquema vacinal depende da faixa etária e a recomendação é de que as pessoas avaliem a sua situação vacinal em uma unidade de saúde, levando, se possível, caderneta de vacinação.

Bebês

Para aumentar a cobertura vacinal da tríplice viral no país e diminuir a circulação do vírus e o risco de transmissão da doença, o Ministério da Saúde recomendou, em agosto, ampliação da faixa etária de imunização: crianças de seis meses a menores de um ano devem ser imunizadas com a chamada dose zero, e o calendário vacinal de rotina deve ser mantido (uma dose aos 12 meses e outra aos 15 meses, com a tetra viral). O intervalo mínimo entre a dose zero e a primeira dose é de 30 dias.

Em Porto Alegre, todas as unidades de saúde que mantêm salas de vacina oferecem a tríplice viral. Para as famílias que necessitam levar os filhos em horário noturno, quatro unidades de saúde atendem em horário estendido: Tristeza, São Carlos, Modelo e Ramos, até as 22h.

A Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes, na Restinga, atende até as 20h. Nas demais unidades, o atendimento é das 8h às 17h. Em todos os locais, o funcionamento é de segunda a sexta-feira.


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