Segue impasse entre rodoviários e empresas de ônibus de Porto Alegre

Segue impasse entre rodoviários e empresas de ônibus de Porto Alegre

Categoria descarta fazer novas paralisações durante pandemia de coronavírus

Gabriel Guedes

Categoria descarta fazer novas paralisações durante pandemia de coronavírus

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A quarta tentativa de acabar com o impasse entre trabalhadores do transporte rodoviário de Porto Alegre e empresas terminou novamente sem acordo. A segunda-feira foi marcada por dois encontros entre representantes dos rodoviários e empresas, com intermédio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Justiça do Trabalho.

O primeiro, às 9 horas, não teve resultado. O segundo, realizado pelas 19 horas, também terminou sem avanços. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stetpoa), Sandro Abbade, as transportadoras foram irredutíveis e não aceitaram a proposta da categoria.

“Nós levamos algumas propostas, a patronal não aceitou, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região) e o MP tentaram argumentar, ajeitar a proposta, mesmo assim a patronal não aceitou. Então a gente vai pôr o acordo na Justiça, para ver o que está errado e buscar nossos direitos”, garante Abbade.

De acordo com o sindicalista, a remuneração referente a 13 dias de março não foram pagas. A situação foi o estopim para uma paralisação na Nortran, ocorrida no dia 6. Além disso, a categoria ainda questiona a antecipação dos vales para o mês de abril e a responsabilidade das empresa com os trabalhadores, que de acordo com Abbade, foram afastados por conta própria pelas empresas.

Na semana passada, ao reconhecer as dificuldades enfrentadas pela população para se locomover, principalmente servidores da área da saúde, Abbade afirmou que a categoria não irá fazer novas paralisações. Medida que se manteve nesta terça-feira, mesmo com o impasse prolongado na noite de segunda-feira.

O advogado do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), Alceu Machado afirmou no começo do mês que o custo de operação das linhas de transporte de Porto Alegre terá um rombo de R$ 26 milhões, o que pode inviabilizar o funcionamento das empresas.


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